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Caminhoneiros querem retirada do tráfego pesado da Jorge Teixeira e Migrantes



A discussão sobre o local da futura ponte do Rio Madeira, interligando Porto Velho à rodovia BR-319 (até Manaus), já chegou aos locais onde os caminhoneiros e carreteiros costumam pernoitar: os postos de combustível nas margens da BR-364. Mesmo sem querer dar seus nomes, para evitar pressões de interessados em permanecer o sistema rodo-fluvial atual em demanda da capital amazonense ou, então, vindo de lá para cá, alguns deles chegam a opinar. E concordam que o melhor é tirar o tráfego de seus possantes da zona urbana.

E as razões são muitas, começando pelas dificuldades de dirigir um veículo pesado, alguns deles com 34 rodas, muitas toneladas em cima, tendo que dividir o espaço das avenidas Jorge Teixeira e Migrantes, com bicicletas, motos, carros pequenos, ônibus e pedestres.

Para eles, atravessar vias urbanas, disputando espaço com o tráfego urbano, representa um risco constante de ser surpreendido por um semáforo que fecha, por um veículo apressado e até por pedestres. Eles citam, por exemplo, que durante o verão é comum homens jovens e adultos atravessar a Jorge Teixeira carregando enormes varas, olhando para cima para pegar o "papagaio", brinquedo de papel conduzido por uma linha.

Dois dos entrevistados, que transportam cargas para Porto Velho e levam daqui containeres trazidos pelas balsas, disseram que em algumas ocasiões já viram acidentes graves nesses casos, e até só por pura sorte, conseguiram evitar que eles próprios se envolvessem.

Para Mauro, caminhoneiro que diz ter estudado "só o que interessava", mas que tem vários livros de autores diversos na cabina do veículo, e que "puxa" carga de Rio Grande do Sul, "há dois desgastes humanos e vários mecânicos quando atravessamos a zona urbana de uma cidade. Primeiro porque o psicológico influi. Você está há tempos em estrada aberta e de repente tem de passar quase 10 quilômetros no meio do tráfego. A obrigação de manter a atenção redobra, as sucessivas mudanças de marchas, trocas de faixas, freadas e aceleradas, além dos semáforos, acabam cansando mais a gente".

A questão mecânica também é lembrada por ele, e aprovada por dois outros que tomavam chimarrão num posto próximo a Faro. Mauro alegou que o carro também sofre com essas mudanças contínuas, o que acaba se refletindo em maior desgaste no veículo e no bolso do caminhoneiro.

A construção da ponte na área onde está sendo erigido o novo porto de uma empresa de exportação, vai representar, conforme os caminhoneiros, benefícios para todos, desafogando o tráfego e aumentando a qualidade de vida da população. "Imagine uma carreta quando dá um problema mecânico em plena Jorge Teixeira aí pelo final da tarde, o transtorno que é", diz um caminhoneiro morador no interior de São Paulo.

Para os caminhoneiros ouvidos pela reportagem, manter a ponte no local onde a balsa faz travessia hoje, será gerar mais problemas para a população de Porto Velho "que muitas vezes nos culpam por dificuldades no trânsito, quando a culpa não é nossa, mas de quem tem a responsabilidade de administrar o sistema", retorna o caminhoneiro Mauro.

Fonte: Carlos Araújo MTe- 162-RO
 

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