Quinta-feira, 9 de setembro de 2010 - 16h22
SEM OPORTUNIDADE – Segundo os moradores, as autoridades apenas passam no tempo de fazer campanha e prometer muitas coisas e não fazem nada depois que ganham.
Moradores do São João Batista vivem no isolamento
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Severo já não acredita nos políticos, resolveu começar ele mesmo a por em prática os entulhos no buraco. |
Antes da duplicação da BR 364, os moradores do bairro São João Batista, zona Sul de Porto Velho, tinham sua saída para a Avenida Campos Sales, acessando a rua Jatuarana, disponível, entretanto após as conclusões da obra houve a colocação de muretas na rodovia, o que ocasionou assim o isolamento da região. Muitos foram os protestos realizados pelos moradores, contudo nunca se teve uma solução.
Kleber de Carvalho, um dos lutadores pela melhoria do bairro, disse que teve um vereador que fez a abertura da rua Paulo Francis para atender o São João Batista, contudo não houve um planejamento adequado e a abertura apenas serve para a ação de bandidos, e além do mais é inviável para os moradores. Carvalho já envio vários ofícios para as autoridades reivindicando a construção de uma galeria unindo as ruas Cacoal e dos Coqueiros, obtendo apenas resposta negativas.
“Tenho todos os ofícios, documentos e fotos mostrando a situação da rua, e um plano de ação para a realização da galeria, contudo nossas autoridades não querem solucionar essa questão que beneficiaria todos, os moradores do São João Batista, o trânsito da Avenida Campos Sales entre outros”, disse Carvalho.
O isolamento da população já gera bastante descontentamento de morar na comunidade, sem saída para diversos lugares, ou em de apenas fazer as compras ou ir ao posto de saúde por um caminho alternativo e seguro, muitos enfrentam o Trevo do Roque até chegar ao lugar desejado.
SOLUÇÃO
Os moradores têm a solução para que a região não fique mais no isolamento. De acordo com Rony de Melo, cobrador de ônibus, a solução para esse impasse está na construção de uma galeria, que tem em torno de 100 metros de comprimento com 15 metros de profundidade, unindo a rua Cacoal com a rua dos Coqueiros, fazendo assim a circulação dos moradores e tendo acesso imediato ao Pronto Socorro João Paulo II, rua Jatuarana, posto de saúde e outras dependências.
Rony ressaltou que com a construção dessa galeria não irá apenas beneficiar os moradores, mas também melhorar em parte o caótico trânsito que a rua Campos Sales enfrenta. “Com a galeria, os veículos que queira ir sentido Trevo do Roque irão ter mais agilidade com o percurso, e, além disso, as linhas de ônibus Cidade Nova e Novo Horizonte via Trevo atenderia a comunidade dessa região”.
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Carvalho disse que inúmeros documentos foram encaminhados para benfeitoria da rua Cacoal, todas com respostas negativas |
Para os ônibus, Rony explicou que as linhas Cidade Nova e Novo Horizonte via Trevo faria seu percurso normal apenas alterando no sentido ida, que na visão dele fica assim: Cidade Nova – rua Jatuarana, rua dos Coqueiros, rua Cacoal, rua Apis e sairia na BR 364. Já a linha Novo Horizonte: rua Campos Sales, rua Jatuarana, rua dos Coqueiros, rua Cacoal, rua Apis e sairia na BR 364. As outras linhas que passam pela rua Campos Sales ficariam em seu mesmo trajeto, pois não vão para o Trevo do Roque.
“Para que isso seja solucionado, necessitamos que as autoridades disponibilizassem de emendas para que a obra seja feita. Muitos já prometeram, todavia, outros disseram que não a solução para o caso, nos moradores sabemos muito bem que a galeria só não foi feita por falta de vontade política”, se revolta Rony.
TRANSPORTE COLETIVO
Segundo moradores a única linha de ônibus, Novo Horizonte via Trevo, que atendia o bairro deixou de beneficiá-los, pois o mesmo não faz sua rota como era de costume. “Para a gente pegar um ônibus temos que andar até a BR 364, onde a uma parada do lado da passarela, no meu caso trabalho em uma loja de confecções onde tenho que está as 07h30, de minha casa até a parada são em torno de 900 metros, isso é uma falta de respeito para com nós moradores do bairro a falta de transporte coletivo”, diz Maria das Graças.
Que continuou falando: “Agora sem as chuvas, enfrentamos o calor intenso até chegar no ponto de ônibus e quando chegar a temporada das chuvas enfrentaremos esse novo problema, no nosso bairro tem os pontos de ônibus com as placas de sinalização mostrando as paradas, mas isso apenas está para dizer que um dia o coletivo passava por lá, isso é uma falta de respeito para conosco, que pagamos nossos impostos e não vemos o retorno desse dinheiro”.
ÁGUA
Quase todo o bairro está sofrendo com a falta de água, os poços amazonas, muito comum em nossa região amazônica, não garante uma água limpa, para piorar essa situação as cacimbas estão secando, outros já secos deixa a população a mercê de carros pipas particulares para saciar em parte os anseios dos moradores.
Paulo Lopes disse que a Caerd colocou as tubulações para a população se beneficiado com a água tratada, contudo a demora está sendo grande. “Tem dias que não temos água nem para nossa refeição, os vizinhos ajuda uns ao outros como podem, para que não fique sem esse liquido fundamental para nossa vida”, revela Lopes.
SEGURANÇA
A falta de um policiamento ostensivo é um problema que se assolou com a colocação das muretas na BR 364, tanto o lado da rua Cacoal como a rua dos Coqueiros sofrem constantemente com a ação dos bandidos. Joselito Leão, morador do lado esquerdo do buraco questionou: “Quem irá pagar o prejuízo causado com o último assalto em sua residência?”. Sua família foi amarrada e os bandidos levaram o pouco que a casa já tinha.
“A viatura da PM não chega até a minha casa, na realidade nem na rua o policiamento passa, o que deixa os bandidos livres para praticarem assaltos e levarem o pouco que as famílias já tem, por isso que peço que as autoridades vejam essa nossa situação e que coloquem em ação a construção da galeria, fazendo assim que a viatura beneficio ambos os lados”, revela Leão.
Rony aproveitou o momento e disse que na noite de segunda-feira, 06, ele seria a mais “nova” vítima dos marginais. “Já perdi até as contas de quantas vezes tentaram entrar em casa, para quem tem cachorro dá para ter um pequeno alívio, contudo não é suficiente para ter segurança, falta a ronda da polícia militar em nossa rua”.
SAÚDE
Para os moradores do São João Batista, a questão da saúde é uma parte delicada, pois os mesmo moram atrás do Pronto Socorro João Paulo II, contudo não tem acesso direto, quem estiver necessitando de entrada na emergência, primeiro terá que ir até o Trevo do Roque, fazendo com que o doente possa vim a piorar sua situação. Esse foi o caso de Sebastião Severo, que sofre de problemas do coração e que necessitou de entrada no pronto socorro.
Em entrevista a reportagem Severo revelou que a construção da galeria irá ser um alivio para a comunidade e que as autoridades não estão se importando. “Moro na rua Cacoal há mais de 15 anos, e somente vejo promessas para a solução desse problema, lanço aqui um desafio para as autoridades competentes, se não quiserem fazer esse serviço, eu faço, apenas quero que mandem entulhos e cascalhos que aterrarei o buraco que dá acesso ao outro lado com enxada, pá e carrinho de mão”.
Severo que não mais acredita em promessas de políticos disse que teve um vereador que resolveria o problema, mas que atualmente ele só foi algumas vezes e ainda disse que a obra é complexa, gastaria bastante dinheiro e que não poderia resolver o caso. Com essa atitude Severo ficou irritado e resolveu começar a enterrar o local com a ajuda dos vizinhos. “Quando é para pedir votos eles sabem vim, depois que ganham, nem vem cumprir o prometido”, finaliza.
Fonte: José Holanda
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