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Amazonas é o primeiro estado a realizar exame de tuberculose em quem é preso


 
Carolina Pimentel
Agência Brasil
  

Brasília - Desde o início do ano, quem é preso no Amazonas é submetido a um exame para saber se tem tuberculose, uma das doenças que mais atingem a população prisional do país.

O estado é o primeiro a implantar a ação, por apresentar condições logísticas que permitem realizar o exame em todo preso que chega ao sistema carcerário e também por ter a segunda maior taxa de incidência de tuberculose no país – 67,6 casos em cada grupo de 100 mil habitantes –, enquanto a média nacional de 38,2 por 100 mil pessoas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O Amazonas só fica atrás do Rio de Janeiro, que registra 73,27 casos por 100 mil habitantes.

“Todos os presos passam por uma única porta de entrada”, disse o coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Draúrio Barreira, ao explicar que, inicialmente, todos detentos são levados para uma mesma unidade prisional, ainda que em caráter provisório. Até março, dos mais de 250 novos presos que já fizeram o teste, três tinham o bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Um dia após chegar à prisão, é feito um raio X no tórax do interno. Se forem encontradas manchas nos pulmões, ele realiza exame de escarro, que detecta a tuberculose. Caso a doença seja confirmada, o preso inicia o tratamento em uma área isolada pelos primeiros 15 dias – período de maior transmissão da doença que ocorre quando o infectado tosse, fala ou espirra e lança gotas de secreção que se propagam no ar.

Por ser uma ação pioneira no Brasil, o governo não tem estimativa sobre a redução do número de casos da doença entre a população carcerária amazonense, mas Barreira espera resultado significativo. A incidência da tuberculose entre presos é 40 vezes maior do que na população em geral, segundo o coordenador. Em condições normais, o doente infecta outras 15 pessoas.  Ele ressalta que, em uma cela, a propagação é extremamente maior e todos acabam infectados.

“É muita gente em um espaço pequeno, sem ventilação e com umidade. É o ambiente perfeito para a proliferação da doença”, disse Barreira.

O centro de diagnóstico custou R$ 150 mil, recursos provenientes do Fundo Global de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, da prefeitura de Manaus e dos governos federal e estadual. A partir de abril, será oferecido teste de HIV, porém, o exame não será obrigatório.

De acordo com Barreira, o Rio Grande do Sul é o próxima unidade federativa a instalar um centro. Assim como o Amazonas, o estado concentra a entrada dos presos em um local único. “Dentro de 30 dias, teremos uma definição”, afirmou.

Além de Manaus e Porto Alegre, Belém, São Luís, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Baixada Santista concentram 45% dos casos de tuberculose. O Brasil registra 80 mil novos casos e 5 mil mortes ao ano.


 

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