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Zé Maria Rangel, da FUP: greve dos petroleiros será a maior da história


Zé Maria Rangel, da FUP: greve dos petroleiros será a maior da história  - Gente de Opinião

 TV 247 - O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, concedeu entrevista na TV 247 nesta quinta-feira (24) relatando a situação de degradação que a Petrobras vive sob a gestão de Pedro Parente e anunciando que a categoria fará a maior greve de sua história. "Cruzaremos os braços não por salários, mas sim para denunciar à sociedade o que estão fazendo com a Petrobras", denuncia.

Na noite desta quinta, os caminhoneiros, que estavam parados há quatro dias, aceitaram um acordo com o governo Michel Temer e vão suspender a paralisação por 15 dias. Parte dos petroleiros também parou, em protesto contra as políticas da Petrobras de Pedro Parente.

Zé Maria enumera as ações de desmonte na estatal após o golpe que levou Temer ao Planalto. "A Petrobras se ofereceu ao mercado internacional, mudando sua política de realinhamento de preços na classificada paridade internacional, taxando os preços dos derivados conforme a variação do dólar. Em outra medida irresponsável, Parente reduziu a capacidade de produção em todas as refinarias do país, além do intuito de privatizar quatro refinarias", condena.

O coordenador da FUP relata que, antes da paralisação dos caminhoneiros, a entidade já tinha aprovado em assembleia uma paralisação no mês de junho. "Estamos sim construindo essa que será a maior greve da história da Petrobras", anuncia.

Ele diz que o motivo da greve não é por conta dos salários, mas sim com o intuito de denunciar à sociedade o que representa essa política de realinhamento no preço dos derivados. "Que não é só do diesel, como também na gasolina e o gás de cozinha", esclarece.

Zé Maria afirma que tais ações orquestradas por Pedro Parente precisam ser freadas. "Essa política irá levar à privatização de refinarias e à completa dependência brasileira dos humores internacionais, tanto para processar o petróleo quanto para importar os derivados. Não podemos aceitar isso", conclui

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