Terça-feira, 9 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Um país movida a lenha


Ramona Ordoñez - Agência O Globo Em pleno século 21, o Brasil é um país movido a lenha. Do total de energia consumida nas residência em todo país, 38% com lenha, enquanto que o gás de cozinha em botijão, o GLP, representa 26% do total. Esses dados são do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigása) que mostram que o uso da lenha superou o do GLP a partir de 2001. Na matriz energética residencial a energia elétrica corresponde a 33% do consumo total. O presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Mello, destacou que o mais grave com o forte uso da lenha nas residências não é a questão do desmatamento, mas do mal que a queima faz para a saúde das pessoas. A queima da lenha gera gases tóxicos como o gás carbônico, particulados de benzeno e formaldeido, entre outros. - O uso da lenha é um retrocesso e o pior é que é um grave problema de saúde pública - destacou Mello. O Sindigás vai solicitar ao governo federal uma ação conjunta para mudar a situação. Segundo o executivo, em 2002, foi criado o auxílio-gás no valor de R$ 7,50, para a população de baixa renda. Ele conta que no início o programa chegou a ter 10 milhões de pessoas recebendo o auxílio-gás. Contudo, esse contingente foi sendo absorvido pelo governo federal no programa bolsa-família. Esse valor do auxílio ao GLP foi incorporado no bolsa-família que hoje tem cerca de 11 milhões de pessoas beneficiadas, enquanto que o auxílio-gás tem atualmente cerca de 600 mil pessoas. - A idéia do governo era deixar o cidadão livre para escolher onde gastar o benefício. Mas isso está fazendo com que as pessoas deixem de comprar o botijão de GLP - disse Mello. O presidente do Sindigás destacou que, para mudar a situação e estimular a população de baixa renda a usar o GLP, é ncessário uma ação conjunta com o governo federa. - É preciso revitalizar ou redesenhar o auxílio-gás, criando, por exemplo, uma destinação específica de parte do bolsa família para a compra do GLP - disse Mello. Outra forma para estimular o consumo do botijão para o uso nas residências, segundo o Sindigás, poderia ser via redução da carga tributária que hoje representa cerca de 25% do preço final. Uma possibilidade, segundo Sérgio Mello, poderia ser zerar o PIS/Cofins no GLP de botijão, como ocorre no arroz e no feijão desde 2004. O PIS/Cofins representa 7% do preço final algo em torno de r$ 2,20 por botijão. O executivo destacou ainda que o uso do GLP por exemplo para o aquecimento de água nas residências é mais barato do que o gás natural e a enregia elétrica. Segundo uma pesquisa encomendada pelo Sindigás à Booz Allen, a energia elétrica é 199% mais cara do que o GLP para o aquecimento de ´água, enquanto que o gás natural é 49%.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 9 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Maurício Carvalho defende isenção do imposto de renda para professores em audiência pública na Câmara

Maurício Carvalho defende isenção do imposto de renda para professores em audiência pública na Câmara

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou, nesta quarta-feira (12), audiência pública para debater o Projeto de Lei 165/2022, que prop

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Nesta quinta-feira, (07/09) o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia  - (SINSEMPRO) realizou Eleições  para a escolha da nova d

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

O presidente da Fecomércio-RO e Vice-Presidente da CNC, Raniery Araujo Coelho, se manifestou nesta quarta-feira 16.07 sobre a retomada das discussõe

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

O Governo Federal instituiu nesta terça-feira, 8 de abril, a Portaria Conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre

Gente de Opinião Terça-feira, 9 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)