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Política - Nacional

Um país movida a lenha


Ramona Ordoñez - Agência O Globo Em pleno século 21, o Brasil é um país movido a lenha. Do total de energia consumida nas residência em todo país, 38% com lenha, enquanto que o gás de cozinha em botijão, o GLP, representa 26% do total. Esses dados são do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigása) que mostram que o uso da lenha superou o do GLP a partir de 2001. Na matriz energética residencial a energia elétrica corresponde a 33% do consumo total. O presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Mello, destacou que o mais grave com o forte uso da lenha nas residências não é a questão do desmatamento, mas do mal que a queima faz para a saúde das pessoas. A queima da lenha gera gases tóxicos como o gás carbônico, particulados de benzeno e formaldeido, entre outros. - O uso da lenha é um retrocesso e o pior é que é um grave problema de saúde pública - destacou Mello. O Sindigás vai solicitar ao governo federal uma ação conjunta para mudar a situação. Segundo o executivo, em 2002, foi criado o auxílio-gás no valor de R$ 7,50, para a população de baixa renda. Ele conta que no início o programa chegou a ter 10 milhões de pessoas recebendo o auxílio-gás. Contudo, esse contingente foi sendo absorvido pelo governo federal no programa bolsa-família. Esse valor do auxílio ao GLP foi incorporado no bolsa-família que hoje tem cerca de 11 milhões de pessoas beneficiadas, enquanto que o auxílio-gás tem atualmente cerca de 600 mil pessoas. - A idéia do governo era deixar o cidadão livre para escolher onde gastar o benefício. Mas isso está fazendo com que as pessoas deixem de comprar o botijão de GLP - disse Mello. O presidente do Sindigás destacou que, para mudar a situação e estimular a população de baixa renda a usar o GLP, é ncessário uma ação conjunta com o governo federa. - É preciso revitalizar ou redesenhar o auxílio-gás, criando, por exemplo, uma destinação específica de parte do bolsa família para a compra do GLP - disse Mello. Outra forma para estimular o consumo do botijão para o uso nas residências, segundo o Sindigás, poderia ser via redução da carga tributária que hoje representa cerca de 25% do preço final. Uma possibilidade, segundo Sérgio Mello, poderia ser zerar o PIS/Cofins no GLP de botijão, como ocorre no arroz e no feijão desde 2004. O PIS/Cofins representa 7% do preço final algo em torno de r$ 2,20 por botijão. O executivo destacou ainda que o uso do GLP por exemplo para o aquecimento de água nas residências é mais barato do que o gás natural e a enregia elétrica. Segundo uma pesquisa encomendada pelo Sindigás à Booz Allen, a energia elétrica é 199% mais cara do que o GLP para o aquecimento de ´água, enquanto que o gás natural é 49%.

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