Quarta-feira, 13 de março de 2013 - 11h34
Com anúncio da nova alta no preço do óleo diesel nas refinarias, a estimativa é que as tarifas do transporte urbano no Brasil sofram um aumento de cerca de 10% nos próximos meses, quando ocorrem os ajustes anuais. Esse percentual, segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, leva em consideração a defasagem média no último ano, considerando os aumentos salariais, as perdas da inflação e o impacto do óleo diesel.
A alta de 5,4% no preço do combustível, em vigor desde a última semana, é a quarta alteração seguida anunciada pela Petrobras. Em 2012, foram duas - junho e julho - e este ano também: em janeiro e março. “A verdade é que esses aumentos uns sobre os outros vão dar em torno de 12%. Considerando que o combustível hoje representa entre 22 e 25% do custo do transporte urbano, nós estaremos aí com um aumento médio de 3% para repassar ao consumidor”, relata.
Otávio critica ainda a falta de preocupação do governo com a mobilidade urbana, uma vez que sobe o preço do diesel e mantém estagnada a gasolina. “Não existe sensibilidade do governo de que, ao fazer isso [aumento do diesel], ele está na contramão, estimulando o transporte individual em detrimento do transporte coletivo. E assusta mais ainda saber que esse aumento ainda não atende as contas da Petrobras, que estaria dizendo que o diesel está defasado em 19%. Então, nós podemos esperar ainda mais 7% de aumento, o que é absolutamente insustentável”, aponta.
Inflação
Como o preço das tarifas influencia na inflação oficial (IPCA), antes mesmo de alterar o valor do combustível, o governo federal pediu aos prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro que adiassem os reajustes das passagens. O temor era de que o índice chegasse a 1% em janeiro.
“O governo está impondo uma obrigação, mais um sacrifício à classe empresarial, por absoluta insensibilidade do que representa o transporte público para as pessoas e para a mobilidade urbana no país. Vemos isso com muita apreensão. O setor de transporte perdeu produtividade nos últimos 15 anos. Cada dia você tem custos mais elevados com produtividade mais baixa”, alerta.
Para que o congelamento fosse possível, as prefeituras estão repassando subsídios para as operadoras do serviço. O orçamento da prefeitura de São Paulo prevê R$ 660 milhões de subsídios em 2013, mas já há previsão de mais R$ 150 milhões além do valor orçado.
“O transporte público tem uma receita bruta anual de R$ 30 bilhões; o diesel pode chegar a 25% desse custo, então estamos falando em R$ 7,5 bilhões de gastos com combustível. Nisso, você soma o impacto de 3%. Imagina o que os municípios teriam que subsidiar apenas falando no combustível. Se a gente for acrescentar os reajustes de pessoal, a coisa vai ficar muito séria”, finaliza.
Como solução, o empresário defende que o transporte público não dependa apenas da tarifa aplicada ao serviço. “A sociedade, todos aqueles que usam o transporte, e aqueles que não usam, deveriam colaborar. No momento que isso acontecer, que você tirar a pressão do aumento da tarifa via subsídio, podemos pensar em ter um transporte público com mais qualidade, porque transporte bom custa caro. O Brasil é o único lugar do mundo em que apenas a tarifa cobre o custo do serviço”, defende.
Fonte: Jacy Diello / Agência CNT de Notícias
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