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Política - Nacional

Stédile diz que movimentos populares devem ser autônomos



Vladimir Platonow
Agência Brasil

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, participou ontem (13) do ato em defesa da Petrobras e defendeu a independência dos movimentos sociais em relação ao governo. Milhares de pessoas foram à manifestação, concentrando-se na Cinelândia, no centro da cidade, e seguindo depois em caminhada até a sede da estatal.

“Estamos aqui para defender os direitos dos trabalhadores. E os movimentos populares têm que ter autonomia do governo. Para, quando ele [governo] acertar, elogiar. E, quando ele errar, criticar”, disse o Stédile, após descer do carro de som e caminhar ao lado de outras líderes políticos, na dianteira da manifestação.

Um dos fundadores do MST, Stédile destacou que a estatal do petróleo precisa continuar sendo do povo brasileiro e defendeu o combate à corrupção. “O povo brasileiro deu uma demonstração de que está unido; milhares saíram em todas as capitais. Queremos evitar que a crise traga prejuízos aos trabalhadores, garantir que a Petrobras continue sendo do povo brasileiro. Queremos combater a corrupção, com a aprovação de uma reforma política.”

O ativista defendeu a presença do povo nas ruas, conforme pedido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ato recente na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). “A rua é o único espaço em que o povo pode discutir política. O Parlamento é dos deputados, os palácios são dos eleitos. A rua é democrática e da paz. Quem é violento no Brasil sempre foram os poderosos. A elite que não aceita repartir com os trabalhadores a riqueza e o poder.”

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também participou do ato, disse que a manifestação desta sexta-feira foi um recado aos que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Queremos mostrar à sociedade brasileira que os golpistas não são maioria, que não têm a menor possibilidade de impeachment, porque o povo está nas ruas, defendendo a democracia e os direitos sociais. Estamos reagindo, com coragem, e não vamos permitir golpe ou impeachment. Defendemos a Petrobras livre dos corruptos”.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) pediu a investigação dos crimes praticados contra a estatal, mas ressaltou que não se pode usar os escândalos como justificativa para entregar o petróleo nacional ao capital estrangeiro. “Estamos aqui dizendo basicamente duas coisas: queremos a investigação de todo e qualquer crime praticado contra a Petrobras ou contra o patrimônio do povo brasileiro, mas não aceitamos que esses escândalos sejam usados como tentativa de justificar a entrega do pré-sal brasileiro para interesses internacionais.”

A manifestação foi encerrada com um abraço simbólico no prédio da sede da Petrobras, na Avenida Chile.

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