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Servidores do RS farão paralisação na segunda contra parcelamento de salário


Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil

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Servidores públicos do RS realizaram protesto contra o parcelamento dos salários Divulgação/CPERS

Servidores públicos do Rio Grande do Sul farão paralisações a partir de segunda-feira (3) contra o parcelamento do pagamento dos salários referentes ao mês de julho, que será feito em três parcelas, até o dia 25 de agosto. O parcelamento foi anunciado ontem (31) pelo governo do estado, que informou que “sem alternativas para superar o déficit crescente dos últimos meses e com a arrecadação aquém das projeções, precisou escalonar o pagamento”.

O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindsepe), junto com o Movimento Unificado dos Servidores Públicos, informou que será realizado um ato público em frente ao Centro Administrativo Fernando Ferrari, a partir das 8 h na segunda-feira e que mais de 40 entidades do funcionalismo público gaúcho vão aderir às mobilizações. O movimento também fará plenárias regionais pelo estado.

No dia 18 de agosto está marcada uma assembleia geral unificada, quando os servidores decidirão sobre a possibilidade de uma greve geral. “Sabe-se que a crise econômica do Rio Grande do Sul não é de hoje. Ainda assim, desde que assumiu o governo, [o governador] José Ivo Sartori não apresentou solução para geri-la sem prejudicar os serviços básicos a população”, informou o Sindsepe.

Segundo o governo, nesta sexta-feira, foi depositado uma parcela líquida de R$ 2.150 para todos os 347 mil funcionários. “Com esse teto, 52,8% dos funcionários receberam salário integral. Há mais duas parcelas: uma de R$ 1 mil, que será depositada até 13 de agosto, e a terceira a ser paga até 25 de agosto”, informou o executivo gaúcho, explicando que o déficit financeiro do estado é superior a R$ 400 milhões por mês e que neste mês de agosto haverá mais uma iniciativa para o ajuste das contas públicas.

A folha líquida de pagamento de servidores é de R$ 950 milhões, segundo o governo do estado, mas os compromissos do governo com pessoal na virada do mês se aproximam dos R$ 1,2 bilhão.

O Sindicato dos Servidores Penitenciários do estado orientou que os agentes compareçam ao estabelecimento penal e “cruzem os braços, apenas executem serviços emergenciais”. Os servidores da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros também vão aderir à paralisação e ficarão em seus quartéis na segunda-feira e as viaturas só sairão para o atendimento de urgências e emergências.

A orientação do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul é que as escolas fechem as portas no dia 3 e que do dia 4 ao dia 18 façam períodos reduzidos utilizando esse tempo para “conscientizar a comunidade escolar quanto ao descaso do governo com os educadores e a educação pública gaúcha.” O Sindicato dos Técnicos-Científicos também anunciou a paralisação total da categoria no dia 3 e informou que espera reunir mais de mil servidores para a assembleia unificada do dia 18.

Em pronunciamento, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, disse que desde o início do mandato o governo falou sobre a “difícil situação financeira” das contas públicas e que estará em Brasília na próxima semana para propor mudanças estruturais para o estado. “É uma notícia que ninguém gostaria de dar, mas não é uma questão de escolha ou de vontade. […] Eu sei que essa é uma situação difícil para os servidores e suas famílias, mas nós estamos diante de uma crise global que afetou o nosso país e diversos estados", disse ele.

O governo informou que adotou ainda uma série de medias, como o novo atraso na parcela da dívida com a União (R$ 280 milhões) e repasses (prefeituras e custeio de órgãos do governo) e fornecedores (R$ 125 milhões), além de recorrer a mais R$ 200 milhões dos depósitos judiciais e R$ 50 milhões disponíveis no Caixa Único.

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