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Política - Nacional

Sem investimentos, divisão do Pará deve ganhar força


Da Agência Brasil

Brasília – O cientista político da Universidade Federal do Pará (UFPA) e professor Edir Veiga defendeu hoje (12) que o governo do estado faça um novo planejamento para as regiões que dariam origem aos estados do Tapajós e de Carajás. A recomendação foi feita após a realização do plebiscito sobre a divisão do estado em três, no qual 33,4% apoiaram a iniciativa, mas 66,6% rejeitaram.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, que foi ao ar na manhã de hoje, na Rádio Nacional, o professor disse é “muito maior a responsabilidade” do governo estadual em relação à execução de políticas públicas no Pará devido à discussão causada pela possibilidade de divisão da região.

“O governo vai ter que fazer planejamento integrado, de longo prazo, para demonstrar para essas regiões que não basta o discurso de véspera de eleição ou plebiscito, há de se pensar um governo que busque investir principalmente nessas regiões conflagradas”, disse Veiga.

O professor acrescentou que, caso não haja iniciativas do governo do Pará no sentido de atender às reivindicações da população, superando as diferenças inter-regionais, o movimento pela divisão do estado se intensificará. Segundo ele, esse movimento pode ganhar força e nas próximas eleições, em 2014, a população apoiar os que defendem a proposta de divisão do estado.

“A forma de o governo superar esse movimento é demonstrar que vai investir na região, melhorar o aparato de segurança, equipamentos de saúde, infraestrutura, rodovias e sanamento. Se isso não acontecer, o movimento vai continuar forte, porque já data pelo menos da década de 1980.”

Veiga disse ainda que na região do Tapajós, no oeste do Pará, há um movimento de mais de 150 anos em busca da emancipação. “A população se sente abandonada pelo governo do estado”, disse Veiga. “De R$ 12 bilhões do orçamento do estado em 2010, foram investidos apenas 5% na região do Tapajós”, acrescentou.

Segundo o professor, a região de Carajás tem um contexto diferente, é autossustentável economicamente, mas também reclama do “esquecimento” por parte do governo do Pará. Na década de 1970, muitos imigrantes chegaram à área e contribuíram para o desenvolvimento local, principalmente na agricultura, pecuária e, atualmente, produção mineral. Muitos municípios recebem royalties da mineradora Vale e contam com uma classe empresarial ativa e um movimento social organizado.

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