Rondeau está otimista com negociação com Bolívia

Mônica Tavares - Agência O Globo BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse nesta quarta-feira, ao chegar à Câmara para participar do Seminário de Energias Renováveis, que está otimista em relação às negociações entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB, sobre as vendas as refinarias brasileiras. - Nós estamos torcendo e aguardando o desdobramento positivo das negociações que estão ocorrendo entre as duas empresas - afirmou. A reunião entre o corpo técnico das duas empresas está marcada para 9h de em La Paz, Bolívia, 10h de Brasília. O ministro contou que na terça à noite conversou com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, para sobre a operacionalização do fornecimento de gás natural em Mato Grosso e não falaram sobre a vendas das refinarias. Rondeau disse que a proposta de venda foi feita e aguarda resposta da Bolívia. Na última segunda-feira, a Petrobras deu 48 horas para a empresa boliviana responder sobre a compra. Perguntado sobre a possível adoção de um plano B para o fornecimento de gás, em caso de problema com o fornecimento do gás boliviano, o ministro afirmou que este plano existe, mas não é por causa deste episódio com Morales e sim para suprir possíveis problemas com dutos, tanto que existe há mais de um ano. O ministro também não descartou a hipótese de aumento de preço ou nova taxação sobre o gás, na hipótese de o Plano B precisar ser adotado. - Absolutamente normal a lei da oferta e da demanda. O mercado é livre. O mercado vai se equilibrar em função disso - afirmou. Rondeau explicou ainda que a emergência está prevista na Lei do Petróleo e sua aplicação precisa ser decidida pelo Conselho Nacional de Política Energética. Nesse caso, a prioridade de fornecimento é garantida para as usinas termelétricas, que geram energia. - Mas nós não acreditamos que se chegue ao limite de ser necessário aplicar o plano de contingência - completou o ministro.

Terça-feira, 23 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

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