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Política - Nacional

Religiosos discutem no Fórum Social questões ambientais


 
 
Agência Brasil /
Juliana Cézar Nunes 

Cerca de mil religiosos e líderes comunitários participaram hoje (22) do primeiro dia de debates do 3º Fórum Mundial de Teologia e Libertação, na Fundação Cultural Tancredo Neves, em Belém (PA). As benzedeiras do Centro Ecumênico de Estudos Biblícos do Pará receberam os partipantes do fórum com água cheirosa da amazônia.

"Nós acreditamos que essas ervas trazem uma energia muito boa. E a nossa expectativa é que todos os povos aqui reunidos, para discutir problemas sérios de suas comunidades, tenham força para encontrar boas soluções", afirma a benzedeira Mary Cândida.

O teólogo Leonardo Boff abriu o ciclo de palestras falando sobre o tema geral do encontro: Água, Terra e Teologia. Para Boff, o mundo chegou a um ponto de colapso que pode ser considerado terminal.

"Já ultrapassamos o limite na exploração da natureza. Precisamos agora aproveitar esse fórum e o Fórum Social Mundial, na próxima semana, para ouvir as comunidades tradicionais, os povos indígenas da Amazônia, e aprender com eles a ter uma melhor relação com a natureza", destacou o teólogo, que defendeu a agregação da Carta da Terra à Declaração Universal de Direitos Humanos, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Ou mudamos nosso modo de produção agora, ou vamos enfrentar enormes tragédias coletivas em pouco tempo. Entre elas, a escassez de água. O mundo deverá adotar o socialismo não por ideologia, mas por necessidade de dividir o que possui para que a vida continue possível na Terra", disse.

O Fórum Mundial de Teologia e Libertação segue até o próximo domingo (25). Um dos principais temas em debate até lá será a interação entre religiosos e as comunidades indígenas. A assessora do Conselho Mundial de Igrejas María Chavez Quispe destacou hoje as boas iniciativas em curso, mas defendeu o respeito à cultura indígena.

"O cristianismo não pode se sobrepor à identidade indígena. Historicamente a relação foi de dominação. As igrejas não podem seguir nesse caminho", alertou María, que é boliviana e pertence ao povo Aymará, mesma comunidade do presidente Evo Morales.

"Estamos na expectativa pela aprovação da Nova Constituição, no próximo domingo. É um documento que vai reafirmar nossos direitos. Espero que durante o Fórum Social Mundial possamos festejar essa conquista. Certamente aqui será um espaço de fortalecimento dos laços que unem as comunidade indígenas da América Latina", afirmou.


 

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