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Política - Nacional

Privatização ainda em debate: Alckmin faz esforço de recuperação


Adriana Vasconcelos, Cristiane Jungblut - Agência O Globo BRASÍLIA e SÃO PAULO - As recentes declarações de petistas e tucanos sobre a privatização ou não de bancos e empresas estatais continuam influenciando os rumos das campanhas, principalmente os do candidato do PSDB. Nesta quarta-feira, em gesto que pode ser interpretado como um esforço de recuperação, Geraldo Alckmin esteve na Associação Nacional dos Servidores do Banco do Brasil, onde reiterou o compromisso de não privatizar o BB, a Caixa Econômica Federal, a Petrobras e os Correios, ao contrário do que afirmam programas da propaganda eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À saída do evento, o candidato tucano vestiu uma camisa do Banco do Brasil, com a logomarca do banco, e um boné. Alckmin também ganhou de presente dos servidores uma jaqueta com as logomarcas das estatais. Ex-ministro que privatizou Telebrás critica os dois lados O economista e ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros acredita que o tucano se acovardou diante da propaganda da campanha petista. - O Alckmin não soube lidar com isso. Como o Alckmin não tem coragem de defender isso, prevalece o mal-estar. Por isso é que tem que contar a história verdadeira - afirmou o economista, que considerou tardia a declaração de Alckmin ao "Globo" publicada nesta quarta quando afirmou que a desestatização foi "necessária" e "importante". Mendonça de Barros criticou os dois candidatos e desafiou para um debate o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que esta manhã questionou a privatização da Companhia Vale do Rio Doce e argumentou ainda que a venda da Petrobras continua um tema em aberto. O ex-ministro das Comunicações do governo FH - que capitaneou a maior privatização já realizada no país, a da Telebrás, em 1998, por R$ 21 bilhões buscou esvaziar os argumentos do PT. - O PT usa técnica facista: pega uma mentira, fica repetindo durante anos e aí vira verdade. O resultado da privatização, principalmente das telecomunicações, é um sucesso. Então, é uma mentira do Lula. Só que o Alckmin, na hora que atacou o Lula e o Lula contra-atacou, saiu correndo. Também ex-ministro do governo Fernando Henrique e eleito governador de São Paulo, José Serra saiu em defesa das privatizações. O tucano disse nesta quarta-feira que a privatização do serviço de telefonia foi benéfica para a população. Serra chamou de baixaria de final de campanha a estratégia petista de colar em Alckmin a imagem de privatista. - Na propaganda do PT está lá: contra a privatização da Telebrás e do sistema Telebrás. Vocês lembram como era telefone? Eu tinha dois telefones declarados no imposto de renda. Telefone valia uma fortuna, ninguém tinha telefone. Hoje todo mundo tem telefone. Temos de ser capazes de mostrar isso. O que interessa não é se é privado ou se é público, o que interessa é se a população tem acesso aos bens e serviços da modernidade. Tarso admite que privatização da telefonia beneficiou o consumidor O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, repetiu nesta quarta-feira o discurso da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra as privatizações, mas admitiu que o consumidor foi beneficiado pela privatização na área da telefonia, feita pelo governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. - Disse e repito, sem entrar no mérito se deveria ter feito ou não a privatização: o resultado para a população da questão da telefonia foi positivo, barateou o telefone e mais pessoas têm acesso - disse Tarso. No entanto, o ministro não quis responder se considerava correta ou não a privatização das empresas de telefonia. - Não vou fazer essa avaliação. Outra pergunta por favor! Eu apreciei o resultado, o que não concordamos é com o processo de privatização selvagem que ocorreu durante os oito anos do governo tucano. Essa política foi irresponsável e completamente contrária aos interesses do país - afirmou. Tarso disse que o tucano Geraldo Alckmin seguiu o exemplo de Fernando Henrique quando estava no governo de São Paulo. - O Alckmin continuou privatizando adoidado como governador - afirmou.

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