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Política - Nacional

Preso à burocracia ambiental, Brasil aposta firme na energia suja de termelétricas para crescer


Ramona Ordoñez e Luciana Rodrigues - Agência O Globo RIO - No momento em que, no mundo inteiro, cresce a preocupação com o aquecimento global, o Brasil caminha a passos largos rumo a uma matriz elétrica mais suja. Atrasos no licenciamento ambiental, falta de planejamento do governo, entraves na Justiça, além da disputa com a Bolívia sobre o fornecimento de gás e da perspectiva de que a economia brasileira cresça mais, estão empurrando o país para uma dependência maior de energia termelétrica. Nos três leilões de energia nova já realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o período a partir de 2010, 57% da geração virão de termelétricas e 43% de hidrelétricas. Isso representará a emissão de mais 18,95 milhões de toneladas por ano de gás carbônico na atmosfera, segundo cálculos da Aneel que o GLOBO obteve com exclusividade. É uma poluição equivalente à provocada por 3,79 milhões de automóveis, ou seja, mais do que a frota total de veículos leves da Região Nordeste do país. Serão mais de 30 novas usinas térmicas construídas ou reaproveitadas, que vão produzir também 39,8 mil toneladas de óxido de nitrogênio e 108,7 mil toneladas de óxido de enxofre, gases prejudiciais à saúde. Para se ter uma idéia, hoje a matriz elétrica do Brasil é uma das mais limpas do mundo, com quase 85% da geração de energia vindo da fonte hidráulica, ou seja, renovável. Para o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, trata-se de um "paradoxo ambiental". Nos três leilões já realizados, em 2005 e 2006, foram contratados 6.072 megawatts (MW) de energia, quase 60% eram térmicos. - O rigor ambiental dos órgãos licenciadores, do Ministério Público e da Justiça, bem como os interesses específicos contemplados na legislação, têm provocado um paradoxo ambiental: é burocraticamente mais simples produzir energia elétrica no Brasil queimando derivados de petróleo ou carvão, que contribuem para o efeito estufa, do que utilizando água - afirmou Kelman. Leia a íntegra desta notícia no Globo Digital

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