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Política - Nacional

Pratini elogia controle da aftosa e critica protecionismo


Agência O Globo RIO - A confirmação do Ministério da Agricultura, na semana passada, de reação positiva ao vírus da febre aftosa em 41 bovinos de 36 propriedades no interior de São Paulo não preocupou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Marcus Vinicius Pratini de Moraes (foto). Além de ressaltar que não se trata de um novo surto e sim de uma possível reação à vacinação - "e, portanto, um episódio normal" -, Pratini de Moraes faz questão de elogiar o governo pelo programa "ambicioso de muito bons resultados de erradicação da febre aftosa" implantado no país. - Num país de dimensões continentais, como o Brasil, com uma imensa floresta amazônica, o controle sanitário é um desafio permanente. E os casos mais recentes que tivemos de aftosa foram em outubro de 2005, no Mato Grosso do Sul. Ainda sssim em ambos, tivemos ações de defesa sanitária rápidas e eficientes - observa. Para o presidente da Abiec, a questão de sanidade animal deve ser sempre uma prioridade e um motivo de preocupação dos governos federal e dos estados, mesmo porque o volume de recursos destinados à defesa sanitária tem se mostrado insuficiente e os países concorrentes do Brasil estão utilizando todas as armas possíveis para conquistar mercado. - A sanidade animal é o nome novo do protecionismo. Quando os países querem bloquerar as importações, usam abusivamente o conceito da sanidade animal para fazer embargos e é isso que tem nos criado dificuldades, por exemplo, na Europa, na Rússia e, mais recentemente, no Chile - assinala. - As exportações brasileiras têm despertado inveja dos nossos concorrentes. Nós estamos exportando grandes volumes de carne nos últimos quatro ou cinco anos e isso suscita muita inveja de outros exportadores, que não imaginavam que a pecuária brasileira tivesse toda essa essa pujança - diz. Pratini de Moraes lembra que, no caso do Chile, o embargo se estendeu a todo o território brasileiro, sem nenhuma motivação técnica. Depois, os chilenos recuaram e abriram uma exceção, apenas, para a carne do Rio Grande do Sul, disse Pratini.

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