Segunda-feira, 23 de agosto de 2010 - 09h17
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"... conscientes de que o Parque Nacional está dentro dos limites de nossa terra, conforme a história de nossos anciãos, decidimos imediatamente RETOMAR o nosso território, neste dia 19 de agosto de 1999, protegidos pela memória dos antepassados, protegidos pelo direito constitucional [...] pretendemos transformar o que as autoridades chamam de Parque Nacional do Monte Pascoal
Os caciques Braga da Aldeia Pé do Monte Braga e Jovino da Aldeia Nova deram as boas vindas a todos e falaram rapidamente sobre o processo de luta dos Pataxó na reconquista do território, agradeceram a presença dos aliados e convidaram a todos a “subirem o Monte Pascoal”.
Antes da subida, Haroldo Heleno, da coordenação regional do Cimi Leste, falou da importância deste dia para a luta do povo Pataxó, e do significado histórico para a luta de todos povos indígenas do Brasil, lembrou que estar ali celebrando aquele momento, naquele espaço, tinha para o Cimi todo um simbolismo do compromisso da Entidade com a luta dos povos indígenas, sua caminhada e a sua história, e isto trazia toda uma emoção, ressaltou ainda a resistência dos Pataxó, representada naquele monumento que eles estavam pisando e construído, hum ano e quatro meses depois da destruição do monumento à resistência indígena pela Polícia Militar na Aldeia de Coroa Vermelha. Instalaram aqui nesta praça a qual vocês denominaram de Praça da Resistência. A inauguração da obra, no dia 19 de agosto de 2001, coincidiu com a celebração de dois anos de retomada do Monte Pascoal e contou com a presença de entidades de apoio à causa indígena e parlamentares. Assim como no dia da inauguração deste monumento, hoje aqui estamos junto ao povo Pataxó para continuarmos afirmando: “Esta terra tem dono: O Povo Pataxó”.
Falaram ainda antes da subida ao Monte Pascoal, Ivonete pelo Cedepes e o João Climário pelo Sindicato dos Bancários e pelo Terra Viva, também reafirmando o compromissos e o apoio dos parceiros com a luta do Povo Pataxó.
Após a descida do Monte tivemos a oportunidade de compartilharmos de um delicioso almoço e em seguida voltamos a Praça de Resistência, onde diversas lideranças Pataxó relataram as dificuldades, os desafios, mas também as vitórias, os avanços e a convicção da necessidade da luta, solicitaram o apoio das Entidades presentes a sua luta, reivindicaram das autoridades os seus direitos. Lika a esposa do cacique Jovino relembrou o chuvoso dia 19 de agosto de 1999, quando eles retomaram o Parque, ela que tinha ganhando um dos seus filhos a poucos dias , estava ali ao lado do seu companheiros e de seus parentes, convicta que era necessário a união e a presença de todos, convicção esta que permanece até hoje. Para alguém que teve que passar quatro anos vivendo em um curral com sua família a fala da liderança Lika demostra toda a força da mulher Pataxó, transmitida com emoção e clareza do caminho a trilhar. “Esta luta é por nossos Filhos, por aqueles que ainda virão, e para que eles não precisem passar o que nós passamos”.
O evento terminou com uma emocionante “auê”, com a presença de muitas crianças Pataxó e como bem disse um professor de cultura do povo, que este “auê” possa significa um ritual para nos dá Paz, União, Força e Coragem. -O Povo Pataxó continua com seu exemplo e sua determinação convocando a todos nós: “Diga ao povo que avance”, que resposta daremos a esta convocação. |
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