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Política - Nacional

Pires diz que está à disposição de CPI do Apagão Aéreo


Maria Lima - Agência O Globo BRASÍLIA e RIO DE JANEIRO - O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que está à disposição da CPI do Apagão Aéreo para esclarecimentos, mas que seu ministério não tem responsabilidade pela crise aérea iniciada ano passado após o acidente com o avião da Gol. - Não há responsabilidade do Ministério da Defesa. A responsabilidade é dos acontecimentos - disse Pires após uma cerimônia no Rio de Janeiro em comemoração aos 62 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. - Estou à disposição da CPI para qualquer instante. Esse é o meu destino, não há nenhuma hesitação - acrescentou Pires. O ministro da Defesa afirmou que todos os países no mundo já enfrentaram uma crise aérea e destacou que os problemas no país ainda não foram totalmente superados. Chinaglia diz que CPI pode convocar militares Em sua primeira reunião, nesta terça-feira, a CPI definiu seu cronograma de atuação e dividiu os trabalhos em cinco etapas, com a última prevista para ser concluída em 11 de setembro. Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), garantiu que a comissão tem autonomia para convocar autoridades militares, rebatendo a tese de que o comando da Aeronáutica controlaria os depoimentos. - Quem for convocado e se recusar a vir, terá de vir debaixo de vara (à força) - disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 1º vice-presidente da CPI. Na primeira etapa, que vai até 29 de maio, será analisado tudo o que for relativo ao acidente entre o Boeing da Gol e o Legacy da ExcelAire e sua possível ligação com a responsabilidade dos controladores de vôo. O relator quer ouvir os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, mas deixou de fora os controladores que trabalhavam no dia do acidente em Brasília e Manaus. O relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que, antes dos controladores, quer analisar o inquérito da Polícia Federal que apurou o acidente e ouvir os representantes do setor. Oposição critica roteiro proposto por relator A oposição criticou, no entanto, o roteiro de trabalho da comissão sugerido pelo relator. O bloco do PSDB quer ouvir logo os controladores de vôo que estavam de plantão no dia do acidente. O deputado Gustavo Fruet (PR) disse que vai pedir também que o Ministério Público acompanhe os trabalhos da CPI e mostre as apurações que tem feito sobre todo o sistema de tráfego aéreo brasileiro, o que pode incluir a Infraero. Fruet entende que a CPI tem poder judicial de convocar os pilotos americanos, principalmente porque o país tem tratado internacional com os Estados Unidos, ao qual recorreu para ter acesso às contas do publicitário Duda Mendonça no exterior. Comissão elege outros dois vice-presidentes Durante a reunião, a comissão elegeu a deputada Solange Amaral (DEM-RJ) como segunda vice-presidente e o deputado Nelson Meurer (PP-PR) como terceiro vice. Na semana passada, foram escolhidos o presidente, Marcelo Castro (PMDB-PI), e o 1º vice-presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Como relator, foi indicado Marco Maia (PT-RS). Houve um princípio de tumulto na reunião porque o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) protestou contra o fato de as convocações de militares serem submetidas ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito. - Eu quero saber a autonomia dessa CPI - questionou Ivan Valente. Dos 30 requerimentos apresentados até agora, 24 são da oposição, e convocam uma ampla e eclética gama de personagens que vão dos controladores de vôo ao astronauta Marcos Pontes, que ficou horas aguardando por um vôo no aeroporto de Brasília durante a crise do tráfego aéreo, em março deste ano. Metade dos membros votou contra a criação da CPI Mal começou a funcionar, a CPI, que foi instalada na semana passada, já recebeu uma série de críticas. O grande número de deputados de primeiro mandato ou integrantes do chamado baixo clero - grupo de parlamentares de pouca influência entre os colegas - fez com que a CPI fosse considerada sob controle do governo e pouco interessada em investigar a fundo as questões polêmicas sobre o assunto. O que reforça essa tese é um levantamento de como os membros da CPI votaram o recurso do PT que tentou suspender a criação da comissão Senador do PMDB questiona duas CPIs do Apagão e irrita governo No plenário do Senado, uma questão de ordem apresentada pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG), questionando a criação de duas CPIs no Congresso, irritou o líder do governo na casa, Romero Jucá (PMDB-RR). Wellington Salgado - que é suplente do ministro das Comunicações, Hélio Costa - pediu uma manifestação da presidência sobre a constitucionalidade, juridicidade e oportunidade política de duas CPIs com o mesmo objeto. - Considero um desperdício de recursos e tempo uma investigação dupla sobre o mesmo assunto - disse Salgado. Em seguida, Jucá apareceu no plenário e apressou-se a deixar claro que a iniciativa de Salgado não reflete a opinião do governo. - Acho que isso tumultua. A relação que temos com a oposição não necessita disso. O regimento do Senado não proíbe duas comissões. Além disso, não ter uma CPI no Senado passa por um acordo com a oposição. Não é turvando a água que se vai pescar - defendeu. O senador Tião Viana (PT-AC), que presidia a sessão, avisou que o pedido de Salgado não se caracterizava - pelo regimento do Senado - como uma questão do ordem. O petista disse também que a presidência vai se posicionar sobre o assunto quando julgar oportuno.

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