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Política - Nacional

Pilotos de helicópteros evitam passar sobre áreas de risco


Antônio Werneck - Agência O Globo RIO - Desde outubro de 2006, os registros de helicópteros de uso civil que viraram alvo de traficantes passaram a ser freqüentes. Seis casos graves foram registrados pelo Gerência Regional (Ger 3) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas o número de aeronaves atingidas por balas pode ser maior. O jornal O Globo teve acesso ao relatório reservado do órgão, que mostra que são cada vez mais comuns os incidentes envolvendo aeronaves e balas perdidas. A ação do tráfico impôs regiões de exclusão, onde os vôos são considerados de muito risco. A Rota Penha, que passa sobre as favelas do Complexo do Alemão, é uma delas. Somente este ano três helicópteros civis foram atingidos por tiros quando passavam pelo local. Mas existem outras, como as rotas Ferrovia e Maracanã. A primeira passa exatamente sobre a favela do Jacarezinho, no Méier. Na segunda o perigo é dividido com a Rota Boa Vista, onde os vôos passam pelo complexo de morros da Tijuca. Os pilotos de helicópteros passaram a mudar rotas e altitudes para fugirem dos vôos considerados perigosos, sobre favelas e morros da cidade. - Voar no Rio passou a ser um risco, especialmente nas áreas críticas, em zonas de conflitos como as favelas, onde sabidamente o tráfico dispõe de armas de guerra - afirma Fernando Alberto dos Santos, superintendente do Sindicato Nacional de Empresas de Táxi Aéreo (Sneta). Nesta sexta, durante um confronto entre traficantes e os policiais que ocupam o Complexo do Alemão, os bandidos atiraram contra um helicóptero da Polícia Civil. E ainda se deram a bravatas, como esta captada com um radiotransmissor por uma equipe da Rádio CBN: "Pode vir, pode vir que a gente derruba". A região metropolitana do Rio é dividida por corredores aéreos em 16 rotas de uso exclusivo de helicópteros. Segundo norma da Diretoria de Eletrônica e Proteção de Vôo da Aeronáutica, as aeronaves civis (helicópteros militares e da polícia seguem outra carta) devem voar a uma altitude mínima de 500 pés a partir do ponto mais alto do solo e máxima de 2.500 pés. O problema é que nas rotas mais perigosas, os aparelhos só podem chegar a uma altitude de mil pés. E uma bala de fuzil automático pode atingir um alvo com precisão a uma distância de até 1.500 metros. - Fuzis como o FAL (fuzil automático-leve), AR-15, M-16, G-3 e AK-47, em poder de traficantes no Rio, podem matar a uma distância de 1.300 a 1.500 metros - diz Pablo Dreyfus, pesquisador do Viva Rio.

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