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Política - Nacional

PF afirma que Brasil não pode mais ser visto como rota do tráfico internacional




O Brasil não pode mais ser visto como uma rota constante do tráfico internacional. A afirmação é do diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que participou de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores sobre a nova política de combate às drogas.

Segundo o diretor, a ação da Polícia Federal vem demonstrando bons resultados e tem como base o tripé: presença física dos policiais nas áreas de fronteiras, cooperação com países vizinhos e uso da tecnologia no monitoramento do trânsito de pessoas, veículos e embarcações.

Luiz Fernando Corrêa destacou que o Brasil também trabalha diretamente em contato com os grandes blocos de repressão às drogas, como as agências norte-americanas e europeias.

"E o que temos? Sai muita droga sim pelo nosso território, mas o grande corredor de abastecimento está acima da linha do equador, envolvendo outros países ali, mais do que o Brasil. É lógico que o Brasil, na medida em que tem um comércio intenso, tem rotas aéreas e marítimas, isso é utilizado. Nós apreendemos todos os dias ´mulas´ embarcando em nossos aeroportos. Isso só não faz do Brasil a grande rota de saída para a Europa. Então, essa é a diferença."

Entre os investimentos em tecnologia para o controle de fronteiras, a Polícia Federal vai utilizar aeronaves não tripuladas para geração de imagens e posterior investigação. O projeto prevê investimentos de US$ 348 milhões até 2014 para a instalação de três bases, com três aeronaves cada uma. Os aviões têm 16 metros de envergadura e capacidade de seis horas de voo, sem necessidade de reabastecimento. O projeto está em fase de implantação e a primeira aeronave passará a operar definitivamente no segundo semestre.

O diretor de Combate ao Crime Organizado da PF observou que o aperfeiçoamento da legislação também é uma prioridade no combate ao tráfico. Roberto Troncon Cicilliati Filho citou alguns projetos em tramitação no Congresso.

"Uma lei sobre organizações criminosas, inclusive que torna o crime mais severo que o de formação de quadrilha ou bando, utilizando os conceitos da convenção da ONU de Palermo, de 2000. É um bom projeto. Há projeto de lei de aperfeiçoamento da legislação de lavagem de ativos, também tramitando. E no campo da interceptação de comunicações justamente para que tenha-se controle rigoroso sobre as técnicas especiais de investigação, especificamente essas mais invasivas, mas, por outro lado, não limite a atuação do aparelho repressivo estatal no enfrentamento das organizações criminosas."

Autor do requerimento para a realização da audiência, o deputado Raul Jungmann (PPS/PE) acredita que a Polícia Federal está no caminho certo no combate às drogas, mas ressaltou que ele pode ser ampliado.

Jungmann observou que a PF deve revisar o conceito de olhar as drogas apenas sob o aspecto da repressão, o que, segundo ele, pode reverter o cenário e os usuários passem a ser tratados como questão de saúde e os "barões" da droga com toda rigidez.

De Brasília, Idhelene Macedo / Rádio Câmara
 

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