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Política - Nacional

Petrobras decide vender 100% das suas refinarias na Bolívia


Agência O Globo ] BRASÍLIA - O governo brasileiro resolveu endurecer as negociações com a Bolívia e a Petrobras admitiu, ontem, a venda de 100% de suas refinarias naquele país, dando um ultimato ao governo de Evo Morales. Caso não haja consenso sobre o preço das refinarias, a Petrobras irá recorrer à Corte Internacional de Arbitragem. Antes a estatal negociava a venda do controle (51%), mas ficaria com participação minoritária nas refinarias no país.O Itamaraty e o Ministério das Minas e Energia se somaram à reação negativa da Petrobras, dando, desta vez, uma unidade à posição do governo Lula sobre as medidas adotadas por Morales. O estopim foi a decisão do governo boliviano de outorgar à YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), a estatal local, o monopólio de exportação do petróleo extraído das refinarias da Petrobras. Na prática, a medida confisca o fluxo de caixa da Petrobras naquele país. A decisão foi tomada no domingo pelo presidente Evo Morales, que assinou um decreto supremo (nº 29122) dando à YPFB o direito de vender o que as refinarias de Gualberto Villaroel e Guillermo Elder Bell, de propriedade da Petrobras, extraírem. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que encaminhará ao governo boliviano a proposta final para a venda integral de suas duas refinarias no país. Ele não falou em valores. Disse apenas que fará uma oferta justa . O governo boliviano deverá responder dentro de dois ou três dias. Esperamos fechar um acordo logo , disse Gabrielli, em entrevista concedida ao lado do ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, organizada para falar sobre o ritmo das obras do PAC. Rondeau afirmou que o decreto supremo do governo boliviano levou a Petrobras a ter que optar entre duas decisões. A primeira é a venda de 100% dos ativos das refinarias. A segunda é recorrer à Corte Internacional de Arbitragem. Rondeau disse que as duas refinarias da Petrobras podem ser adquiridas por outras empresas. Ele deu, como exemplo de possível compradora, a estatal venezuelana PDVSA. A Venezuela do presidente Hugo Chávez é bastante próxima da administração Morales e tem interesse em atuar no setor de exploração de petróleo na Bolívia. O ministro reiterou que a aquisição das refinarias teria de ser feita por uma empresa que queira operar com margens de lucro muito estreitas, pois o governo boliviano adotou a postura de cobrar o máximo possível pelos produtos extraídos em seu território. Caso não haja resultado na negociação para do preço de venda das refinarias, a Petrobras irá partir para a segunda alternativa: o recurso à Corte de Arbitragem. O governo brasileiro expressa seu desapontamento com o Decreto Supremo nº 29122, que outorga à YPFB o monopólio da exportação do petróleo cru reconstituído e das gasolinas brancas, com efeito direto sobre a viabilidade econômica das refinarias de Gualberto Villaroel e Guillermo Elder Bell, de propriedade da Petrobras , informou, em nota, o Itamaraty. A medida prejudica e pode inviabilizar o processo negociador de adequação da situação das duas refinarias , acrescenta a nota. Independentemente da reação da Petrobras, o governo brasileiro não pode deixar de notar o impacto negativo que este e qualquer outro gesto unilateral pode ter na cooperação entre os dois países , conclui o texto do Itamaraty. O presidente da Petrobras disse que o decreto boliviano reduz o fluxo de caixa da estatal ao fixar um preço de US$ 30,35 do petróleo cru reconstituído. Segundo ele, o preço, no mercado internacional, é de US$ 55,00 o barril. Há divergências sobre o preço das duas refinarias. O governo boliviano teria avaliado ambas em US$ 60 milhões, mas a Petrobras teria definido o preço em US$ 200 milhões, segundo apurou o Valor. Gabrielli ressaltou que se houver impasse na negociação, não haverá clima para a Petrobras realizar novos investimentos na Bolívia. Os atuais investimentos serão, por enquanto, mantidos. Além das refinarias, a estatal tem atua na exploração de gás natural. (Juliano Basile | Valor Econômico. Com Cláudia Schuffner, do Rio)

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