Segunda-feira, 27 de outubro de 2008 - 15h07
Ivan Richard
Agência Brasil
São Luís - A vitória de João Castelo (PSDB) na disputa pela prefeitura de São Luís (MA) e o desfecho das eleições municipais no estado representam a segunda grande derrota consecutiva do grupo Sarney e seus apoiadores. A avaliação é do historiador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Wagner Cabral.
Para ele, os "grandes vitoriosos" destas eleições são o governador do estado, Jackson Lago, e a Frente de Libertação do Maranhão, aliança criada por ocasião da última disputa pelo governo estadual entre Lago e Roseana Sarney. A frente, que impôs a primeira derrota ao grupo Sarney em 40 anos no estado, é composta pelo PDT de Lago, PSDB de Castelo, além do PSB, PRB, PT e o próprio PCdoB do candidato derrotado ontem (26), Flávio Dino.
"Essa aliança, bastante heterogênea, foi quem elegeu Lago e tem o objetivo claro de derrotar a oligarquia Sarney", argumentou o historiador à Agência Brasil.
De acordo com Cabral, a coordenação da campanha de João Castelo foi "suficientemente inteligente" ao conseguir "esconder" o apoio do governador ao tucano, já que a gestão do pedetista tem sido bastante criticada na capital maranhense. "Jackson apoiou Castelo nos bastidores, e essa colaboração foi decisiva", afirmou.
Além da derrota em São Luís, acentuou Cabral, o grupo Sarney também saiu derrotado no estado como um todo. Dos 217 municípios maranhenses, dois terços passarão a ser administrados, a partir de janeiro de 2009, por prefeitos dos partidos que compõem a Frente de Libertação do Maranhão, liderada por PDT e PSDB.
O PDT de Lago, por exemplo, salta de 10 prefeituras, em 2004, para 65 depois dessas eleições. Já o PSDB, que tinha nove municípios sob sua administração nas últimas eleições municipais, agora terá 25.
"A aliança tucano-pedetista sai ainda mais fortalecida, pois venceu nas duas principais cidades do estado - São Luís e Imperatriz", ressaltou Cabral. Ele acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de ter apoiado Flávio Dino, também sai fortalecido com o desfecho das eleições no Maranhão.
"Lula ainda conta com o apoio do ex-presidente José Sarney e da senadora Roseana, em nível nacional, e no estado a aliança que elegeu Jackson e agora Castelo também compõe a base do governo".
Isso só foi possível, na avaliação do historiador, porque a coordenação da campanha tucana, sob responsabilidade de Duda Mendonça, que também foi responsável pela campanha de Lula à Presidência da República, soube fazer com que João Castelo não saísse das urnas deste domingo como opositor do presidente.
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