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Política - Nacional

Pais de estudantes acreanos na Bolívia recebem apoio da ALEAC



A recém-criada Associação de Pais de Alunos Brasileiros na Bolívia (ASPEBB) foi recebida pelo presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães (PCdoB), nesta quinta-feira, 15. Preocupados com dois assassinatos de estudantes brasileiros ocorridos recentemente em Santa Cruz de la Sierra, os pais vieram em busca de apoio para que as autoridades brasileiras na Bolívia atuem com mais firmeza na defesa de seus filhos.

Edvaldo anunciou que vai levar a preocupação da entidade ao ministro Juan Ramon Quintana, o chefe do Gabinete Civil do presidente Evo Morales em encontro que irá acontecer em breve na cidade de Cobija. O encontro está sendo intermediado pelo senador boliviano Andrés Heredia Gusmán.

Ainda durante a sessão desta quinta-feira Edvaldo recebeu telefonema do Ministério das Relações Exteriores querendo saber a data da reunião com Quintana. "Eu me somo aqui aos que querem cobranças de uma firmeza maior do Itamaraty. Mas vamos ter uma atitude afirmativa sem nos metermos na soberania boliviana, pois assim aprendemos com o Barão de Rio Branco", declarou Edvaldo.

Durante a reunião com os pais dos estudantes, Edvaldo ouviu que os alunos brasileiros são a maioria nas universidades bolivianas. "Na sala de meu filho são apenas dois bolivianos", testemunhou Maria Neide Pereira.

O repórter fotográfico Evandro Derze, que tem duas filhas em Santa Cruz e a jornalista Wânia Pinheiro, que tem um filho, fazem parte da Associação. Eles informaram que a entidade, apesar de ainda nem ter sido registrada, já serviu como um alívio para os filhos.

"Eu liguei para minhas filhas e elas já estão divulgando pela internet", contou Evandro. Wânia disse que a reunião foi bastante proveitosa e acredita que as articulações da Aleac serão importantes para devolver a tranquilidade aos estudantes.

O deputado Edvaldo explicou que o caso dos estudantes deve ser tratado pelo Itamaraty através do Consulado Sazonal de Puerto Evo Morales, na fronteira com Plácido de Castro, ou através de uma missão especial enviada para Rio Branco. Ele lembrou que atualmente a Assembleia tem um perfeito entrosamento com o Itamaraty em função das iniciativas para a integração do Acre com o Peru e por conta do problema dos agricultores que têm terras na faixa de fronteira com a Bolívia.

"Nós temos autoridade política para estabelecer uma ponte entre vocês e a diplomacia brasileira em Santa Cruz de la Sierra. Se houver problemas no consulado daquela cidade, nós iremos resolvê-los", garantiu Edvaldo.

Calixto defende empenho para 
emissão de vistos a estudantes na Bolívia

Em seu pronunciamento, o deputado Luiz Calixto (PSL) cumprimentou os pais dos alunos que estudam na Bolívia na pessoa de dona Jovelina, que possui três parentes em Santa Cruz de la Sierra, e lembrou que ele próprio tem uma filha naquela cidade. Conhecendo Santa Cruz, Calixto afirmou que os dois casos de assassinatos não são razão para pânico, mas que o consulado brasileiro é omisso e precisa ser mais enérgico com as autoridades bolivianas.

"Não devemos espalhar o pânico e falo com a tranquilidade de quem tem uma filha lá. Se fosse uma situação de pânico eu a teria tirado daquele país", declarou. Calixto informou que constatou pessoalmente a qualidade do ensino na Bolívia e que, além disso, o câmbio favorece a moeda brasileira o que torna mais econômico o curso superior.

O problema, de acordo com Calixto, é que os estudantes não possuem visto permanente e, assim, acabam sendo tratados como refugiados sem que o consulado brasileiro assuma atitudes mais enérgicas em relação à diplomacia boliviana.

O deputado lembrou que as universidades bolivianas têm sua clientela formada em sua maioria por estudantes brasileiros, do Acre, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Esses alunos, conforme Calixto, impulsionam a economia boliviana na medida em que pagam mensalidade, aluguéis e fazem compras. Este seria um argumento forte para que a diplomacia brasileira pressionasse a boliviana a conceder vistos permanentes aos estudantes.

Calixto também usou a tribuna para elogiar a notícia de que a fábrica de pisos de Xapuri vai ser inaugurada. Segundo ele, depois de dezenas de inaugurações finalmente o governo autorizou o funcionamento da indústria, que tem investimentos de R$ 150 milhões devendo gerar centenas de empregos e agregar valor à madeira acreana.

Fonte: João Mauricio, da Agencia Aleac

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