Quarta-feira, 20 de março de 2013 - 15h22
Um dos onze parlamentares que assumiram a coordenação colegiada da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, lançada na manhã desta quarta-feira (20) no auditório Nereu Ramos, Câmara dos Deputados, o deputado Padre Ton (PT-RO) disse no ato de criação da Frente que os direitos humanos ultrapassam as crenças religiosas, e por isso são indevidas e inapropriadas a postura do deputado Marco Feliciano, que usa a religião para propagar preconceito e ódio contra negros e homossexuais.
Padre Ton registrou que sua condição de padre não pode ser utilizada para misturar ações e valores políticos no Estado laico e democrático com religião. “Tenho procurado separar isso, e assim não é possível admitir e fortalecer a presença de um pastor homofóbico e racista na Comissão de Direitos Humanos e Minorias”, ressaltou.
“A Comissão agora está com suas ações paralisadas. Estávamos trabalhando a anistia para os demitidos pelo Collor, a superlotação nos presídios, diligencias em hospitais, em defesa da defensoria pública, no combate à violência contra crianças, mulheres e tudo está paralisado”, disse Padre Ton.
A Frente surgiu em razão da insatisfação de deputados militantes dos direitos humanos que atuavam na CDHM com a escolha de Marco Feliciano para a presidência. O colegiado da Frente, apoiada por diversas entidades da sociedade civil, é composta ainda pelos deputados Luiz Couto (PT-PB); Luiza Erundina (PSB-SP); Luiz Alberto (PT-BA); Nilmário Miranda (PT-MG); Jean Willys (PSOL-RJ); Chico Alencar (PSOL-RJ); Ivan Valente (PSOL-SP); Domingos Dutra (PT-MA); Erika Kokai (PT-DF) e Janete Pietá (PT-SP).
“Esta Frente reúne deputados dos mais lúcidos e corretos, que orgulham esta Casa. É um ato de coragem criar a Frente, pois atuamos aqui no limite de nossas forças para fortalecer o Parlamento, dar dignidade à instituição. A Frente tem meu apoio para consolidar como espaço de defesa daqueles que sofrem indevidos preconceitos e indevidas perseguições”, declarou o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP).
Outro deputado que assinou o ato de criação da Frente, Rubem Santiago (PDT-PE) disse que as declarações e atos do deputado Marco Feliciano “são extremamente incompatíveis com os direitos humanos” e que ele pode expressar o que pensa, “mas não tem o direito de transformar a CDHM no espelho de suas convicções pessoais racistas”.
A deputada Alice Portugal (PC do B-BA) disse que a presidência da CDHM nas mãos do deputado pastor “não enobrece o parlamento, tão carente de um novo tempo”, e o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse ser “inadmissível” que ele venha usar a comissão para “ganhar dinheiro - Marco Feliciano é dono de Igreja – e ter projeção política”. A deputada Erika Kokai, que anunciou processo de queixa-crime contra o deputado, condenou a “mercantilização da fé.”
Cada um dos membros da coordenação colegiada irá atuar com temas diferenciados. Os deputados Padre Ton e Luiz Alberto ficaram com as demandas envolvendo etnia e raça.
Fonte: Mara Paraguassu
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