Quinta-feira, 23 de setembro de 2010 - 21h38
Daniel Mello
Agência Brasil
São Paulo - Movimentos sociais e partidos políticos se reuniram na noite de hoje (23) para protestar contra a cobertura eleitoral feita pelos grandes veículos da mídia comercial. De acordo com os participantes do Ato contra o Golpismo Midiático, jornais e revistas desses conglomerados de comunicação social, com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, estão agindo contra a candidatura do PT à Presidência da República.
A manifestação foi organizada pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e realizada no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP). O local, com 120 poltronas, ficou completamente lotado por mais de uma hora. Quase 300 pessoas participaram do Ato contra o Golpismo Midiático. Muitas não conseguiram entrar na sala e ficam nos corredores do sindicato.
Segundo comunicado distribuído pelo Sindicato dos Jornalistas de SP, a mídia comercial tem veiculado “baixarias e de denúncias sem provas” contra a candidatura do PT à Presidência da República. Isso, conforme a entidade, ocupa mais espaço na cobertura eleitoral desses veículos que a discussão de propostas para o país.
“Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social”, afirma o texto de convocação para o Ato contra o Golpismo Midiático.
Para o presidente do SJSP, José Augusto Camargo, a estratégia da mídia comercial, apesar de intensa, está se mostrando ineficiente para mudar os rumos da eleição presidencial. “A sociedade brasileira mudou. Esta mídia não dialoga mais com a população. Então, ela está fazendo um movimento de tentar influenciar, dar u golpe midiático, para um público que não é o seu, que não lê os jornais”.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, rejeitou as acusações de que o ato seria uma forma de tentar censurar o trabalho da imprensa.. “Nós somos os verdadeiros defensores da liberdade de expressão”, garantiu ele, ao discursar.
Segundo Rabelo, a onda de denúncias nos jornais se deve a uma “luta política acirrada” e a mídia comercial escolheu um lado dessa disputa, apesar de não declará-lo. “Eles não dizem que são a favor da candidatura de [José]Serra e contra a de Dilma [Rousseff]”.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, disse que a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos donos favorece à perseguição dos movimentos sociais. Por isso, ele defendeu que o próximo governo busque uma maior democratização desse setor. “O próximo governo tem que investir na democratização da mídia”, afirmou.
A ex-prefeita de São Paulo e militante do PSB Luiza Erundina destacou o controle social como uma maneira de fazer que a mídia atenda melhor os interesses da população. “A sociedade não vai mais recuar na decisão de ter controle desses meios”, disse após lembrar a realização da da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecon), no final do ano passado, que discutiu a democratização da mídia no país.
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