Terça-feira, 11 de setembro de 2007 - 18h40
Com a experiência de quem já foi senador da República e participou da histórica votação que resultou na cassação do senador Luís Estevão (DF), em 2000, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) afirma que o momento político no país é bastante delicado e que a preservação do Senado Federal deve estar acima de qualquer outro interesse. Ele fez esta afirmação referindo-se à sessão que o Senado realiza nessa quarta-feira, 12, para votar o processo de cassação contra o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Esta será a primeira vez, em quase duzentos anos, que um presidente da Casa é submetido a um processo de cassação. "Vejo esse momento com muita preocupação, sobretudo pela imagem do Senado", diz o deputado.
De acordo com Moreira Mendes, o senador Renan Calheiros poderia ter evitado o processo de cassação, se tivesse se afastado da presidência logo no início da crise. "O que se discutia inicialmente era apenas sua relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso. Os senadores e a Polícia Federal só chegaram a outras conclusões posteriormente, que, de certa forma, confirmam a falta de decoro". O deputado lembra, no entanto, que as decisões tomadas no Conselho de Ética são voltadas para o aspecto político, e nem sempre o que é político é jurídico.
Mesmo reconhecendo a dificuldade em prever o resultado da votação, Moreira Mendes acredita ser muito difícil o senador Renan Calheiros escapar da punição. "Se não acontecer (a cassação), fica muito ruim para a Instituição. Eu estive conversando com várias pessoas, amigos de Rondônia, e todos são muitos claros em dizer que o senador Renan não tem condições de continuar presidindo o Congresso. Isso hoje é um clamor nacional".
O plenário do Senado vai se reunir a partir das 11h em sessão fechada e votação secreta. Para aprovar a cassação de Renan Calheiros serão necessários pelo menos 41 votos. "Os senadores têm uma missão muito difícil pela frente. De um lado estará um senador, um colega sendo objeto dessa decisão; e de outro, a questão da preservação da instituição, que, a meu ver, deve estar acima de qualquer outro interesse neste momento", conclui o deputado.
Fonte: Claudivan Santiago
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