Moreira e outros parlamentares apelam ao CNJ contra invasões de terras no Pará

O deputado Moreira Mendes (PPS-RO), relator da Subcomissão de Intermediação de Conflitos Agrários, juntamente com o vice-presidente, Abelardo Lupion (DEM-PR), e o deputado Geovane Queiroz (PDT-PA), estiveram reunidos na tarde de hoje em audiência com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, para pedir providências urgentes contra invasões de terras na região Sul do Pará. Eles denunciaram que várias propriedades rurais, entre elas as fazendas Maria Bonita e Rio Vermelho - ambas produtivas -, foram invadidas na madrugada desta quarta-feira por integrantes de movimentos sociais.

No ofício entregue ao ministro, os parlamentares relatam que mais de cem integrantes de movimentos sociais ligados à reforma agrária praticaram “ações criminosas” orquestradas, deixando um rastro de destruição. Segundo eles, várias propriedades da região, dentre elas Maria Bonita, Ceita Core, Espírito Santo e Rio Vermelho, têm Mandado de Reintegração de Posse concedidos pelo Poder Judiciário, alguns deles pendentes de cumprimento há mais de ano.

Na ação desta quarta-feira, relataram os deputados, os invasores deixaram casas de funcionários totalmente devastadas, currais, alojamentos, pastos e vegetações destruídos e tratores queimados. “O tão anunciado caos se consolidou na região de Marabá, Xinguara e Redenção desde o início dessa madrugada”, denunciaram.

Alegando a gravidade dos conflitos ocorridos no Pará e o aumento da tensão no campo, os deputados pediram ao presidente do CNJ providências visando ao cumprimento da totalidade dos mandados de reintegração de posse emitidos pelo Poder Judiciário paraense ainda pendentes de cumprimento, “para garantia da vida e manutenção do Estado de Direito nesse Estado e da paz no campo”.

O deputado Moreira Mendes lamentou o ocorrido e afirmou que as invasões a fazendas produtivas no Pará, assim como em outras regiões do País, são resultado da ação irresponsável da ‘banda podre’ dos movimentos sociais, “que não quer resolver conflitos, quer, na verdade, criar conflitos”.

Fonte: Claudivan Santiago