Moreira cobra de pré-candidatos à presidência compromisso com o produtor rural

O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) foi à tribuna da Câmara na manhã de hoje para cobrar dos pré-candidatos à presidência da República um compromisso formal com os produtores rurais. Ele criticou a aproximação da pré-candidata do governo, Dilma Rousseff, com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e disse que o Brasil precisa de um presidente que apóie os trabalhadores “de mãos calejadas” e não “a quem faz a baderna”.

“Eles (os presidenciáveis) precisam dizer claramente qual o compromisso que têm com o setor produtivo, com a agricultura familiar, com o grande agricultor e o grande pecuarista”, defendeu. Para o deputado, a pré-candidata do governo parece já ter demonstrado sua preferência. “Me parece que a pré-candidata Dilma já mostrou qual é o seu lado. Ontem mesmo, segundo notícias dos jornais, (ela) esteve presente num acampamento do MST, este movimento que não tem CGC, que não tem CPF, que não tem estatuto, que não é registrado em lugar nenhum, que se acha acima da lei, que se acha acima dos preceitos constitucionais... pois lá estava a ex-ministra Dilma com esse pessoal.”, criticou

Por outro lado, Moreira instigou os pré-candidatos a declararem apoio aos produtores rurais. “Eu quero saber qual o presidente que vai visitar o produtor rural, aquele que tem a mão calejada, que está lá na roça produzindo, que tem conta para pagar, que alimenta o Brasil todo, e que ainda produz excedentes para ser exportado. Eu quero saber qual o presidente que vai estender a mão a quem produz, não é a quem faz a baderna”, enfatizou.

Paz no Campo

Moreira participou ontem, em Brasília, do ato público pela paz no campo promovido pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura). O movimento reuniu cerca de dois mil produtores rurais de diversos pontos do Brasil. Em contraposição ao chamado “abril vermelho”, os ruralistas reforçaram a campanha “Vamos Tirar o Brasil do Vermelho – Invasão é Crime”. No encerramento, foi entregue ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney, documento solicitando apoio na criação do “Plano Nacional de Combate às Invasões”.

“Nós queremos mostrar ao Brasil que somos a favor da reforma agrária, que somos a favor de que as leis sejam cumpridas. Estamos denunciando ao país que ninguém está acima da lei”, concluiu o deputado.

Prejuízos

De acordo com análise realizada pelo “Observatório das Inseguranças Jurídicas” da CNA, as 86 invasões registradas até agora pelo MST durante o ‘abril vermelho’ podem provocar uma perda de R$ 208 milhões no faturamento bruto da agropecuária nacional e colocam em risco mais de mil empregos no campo.

Fonte: Claudivan Santiago