Sábado, 22 de janeiro de 2011 - 21h34
Ninguém é contra a ajuda aos menos favorecidos. E muito poucas pessoas gostam de ver os outros passar fome ou da miséria que surge vendendo qualquer coisa ou pedindo esmolas. Porém, o que se discute sempre é a forma adotada pelo governo de aumentar a ação do estado para solucionar problemas sociais. Só os que não desejam ver não veem que, malgrado os benefícios do programa Bolsa Família sua extensão desregrada gera distorções pela completa falta de controle do governo. Não se trata de uma coisa episódica. Especialistas em administração e economia sabem por conhecimento técnico e experiência que o que os governos (não só o nosso) administram é mal administrado. É a velha história da “Tragédia dos Comuns” o que é nosso acaba sendo usufruído pelos espertos.
Mais um exemplo se configura de que as boas intenções viram uma fonte de distorções. Da mesma forma como aconteceu com a distribuição de lotes rurais aos sem terras já se nota a debandada das famílias de baixa renda pressionadas pelas cobranças da Caixa Econômica Federal (CEF) das primeiras unidades do “Minha Casa, Minha Vida”. O maior exemplo é apontado, hoje, nas páginas do Estadão de São Paulo, que, textualmente, aponta que um comerciante “..comprou um apartamento no local e mora com a mulher e uma filha. Já teria comprado outros quatro imóveis no conjunto - um para seus pais, um para seus sogros e um para um irmão, que moram no local, e outro, que estaria negociando. Em média, ele teria gastado entre R$ 14 mil e R$ 18 mil em cada unidade, segundo relatos de moradores. Os antigos proprietários voltaram para os bairros de origem”.
“No primeiro conjunto do Minha Casa, Minha Vida, venda de imóveis e calote
...Aos poucos, beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida que preferiram não ocupar os apartamentos começam a alugar unidades. O valor cobrado é de R$ 200,00 - R$ 150,00 mais os R$ 50,00 mínimos de prestação -, além das contas de consumo (água, luz, gás). A diarista Jane Nascimento da Silva, de 19 anos, com um filho de um mês e meio, decidiu alugar um apartamento no conjunto depois de sua mãe ter sido beneficiada pelo programa. "O problema é que o dono fica ameaçando pedir de volta o apartamento o tempo todo", reclama. "Como (o aluguel) não tem contrato, ele pode fazer o que quiser. E eu não vou ter aonde ir." Na área onde foi construído o Residencial Nova Conceição havia antes o lago de um clube de campo abandonado. Nas obras, a área foi drenada, aterrada e terraplenada, mas os pontos que não receberam prédios apresentaram problemas dois meses depois de os imóveis serem entregues, em julho do ano passado. A cobertura asfáltica da área cedeu tão logo o trânsito de automóveis começou”.
Notem que as unidades foram entregues em outubro e já viraram fonte de negociação e de renda. Sem contar que, durante a negociação, com tantas exigências que são feitas os pobres, muito pobres mesmo, que deveriam ser mais beneficiados, são logo afastados, pois, não agüentam a quantidade de documentos e exigências da Caixa. E perdem o dinheiro que aplicaram na tentativa de melhorar. É um tratamento muito social mesmo! Para os espertos, é claro. O setor de habitação da Caixa sempre foi uma fonte de bons negócios de um banco cujo tratamento, em geral, pode ser tudo menos social. Não será muito diferente dos outros conuntos que forem feito ou venham a ser. Com exceção de alguns poucos que se aferrarem ao seu imóvel ou de alguns que, de fato, irão progredir a grande massa fará o que acontece em Nova Conceição. Dizem os velhos, hoje tão pouco respeitados quanto os intelectuais e a elite, que “O que vem fácil, vai fácil”. Porém, rende votos e dinheiro para certos segmentos. Dilma afirma que vai reverter as vendas. Também acredito em Papai Noel. É o procedimento padrão. Toda vez que espoca algum problema surge a afirmação de que será resolvido. Já contam, ou fabricam, algo para que seja esquecido. Afinal para moralizar será preciso começar a prender alguns companheiros. Como todos são anjos. È só uma questão de tempo. Saiu das manchetes tudo volta a ser como sempre foi. E, pelo jeito, todo mundo está feliz.
Fonte: Blog Diz Persivo
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