Marina: Adversários não 'entendem' meio ambiente

Candidata do PV diz divergir de Serra e Dilma por eles não entenderem a dimensão do meio ambiente

Marina Silva esteve na Grande São Paulo na última quarta-feira. Em entrevista à rádio ABC, de Santo André, a candidata do Partido Verde disse que, se eleita, não vê problemas em ter integrantes do PT, PSDB e PMDB fazendo parte do seu governo governar estabelecendo uma outra forma de política que é governar com os melhores do PT, com os melhores do PSDB, com os melhores do PMDB, porque eu tenho respeito por todos. Aqueles que erraram – erraram e devem ser investigados – devem ser punidos, mas foram uma minoria nesta historia de mensalão. A maioria (do PT) são pessoas honestas e corretas e, como eu, sofreram muito naquele episódio. Então, se ganhar, eu quero governar mantendo as conquistas, corrigindo os erros e apontando os nossos desafios com os melhores do PT, do PSDB, do PMDB, dos partidos com tradição democrática”, afirmou a candidata do PV.

Marina criticou o clima de enfrentamento imposto pela campanha de José Serra, pelas críticas feitas à candidata Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, que foi acusado de ter ligações com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"Em uma eleição não precisa ficar atacando e desqualificando as pessoas", disse.

"Não quero ganhar de qualquer jeito e a qualquer custo. Os fins não justificam os meios", completou.

Marina Silva ainda negou que tenha atacado Dilma Rousseff e disse apenas divergir das posições da candidata do PT, bem como de José Serra, quanto ao meio ambiente.

"A minha divergência com os dois é que ambos não conseguiram entender a dimensão do meio ambiente. (...) Desenvolvimento e meio ambiente não são antagônicos. É nisso que eu tenho sérias divergências, mas trato de forma respeitosa", declarou.

José Serra, do PSDB, viajou na quarta-feira à Belo Horizonte, em Minas Gerais. O tucano criticou o estado das rodovias federais e apontou o mau uso do dinheiro arrecadado com a Cide, o tributo que incide sobre os combustíveis.

"Foram mais ou menos 65 bilhões de reais... arrecadados pelo governo federal nos últimos oito anos (...) e gastaram apenas um terço. (...) Oito de cada dez estradas não têm condições de operar e Minas é o estado que mais sofre", afirmou o tucano.

Serra chamou de “ti-ti-ti” os comentários de que Aécio Neves estaria se dedicando pouco a ajudar o candidato em sua campanha. Em resposta, Serra desconversou, dizendo que “é falta de assunto”.

O tucano elogiou articulações entre o governo de Minas Gerais, prefeitura de Belo Horizonte e de clubes locais para facilitar o cumprimento do cronograma de obras para a Copa de 2014. Contudo, o candidato disse que houve “falta de planejamento” na ampliação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, obra realizada pelo Governo Federal.

Dilma Rousseff, por sua vez, foi ao Rio Grande do Norte, na última quarta-feira, onde participou da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na capital do estado. A candidata do PT fez caminhada e discursou no centro de Natal, onde voltou a dizer que a oposição “mente” quando diz que não foi contrária ao governo Lula.

"Que país era aquele que pegamos lá atrás? Um país que tinha deixado os brasileiros sem esperança. (...) Em oito anos, nós mudamos esse País. Todo mundo sabe que o Nordeste é a região que mais cresce no Brasil", afirmou a presidenciável.

Dilma Rousseff ainda defendeu as parcerias com as prefeituras da região que teriam sido responsáveis pela melhora do programa Bolsa Família. Ao final, Dilma pregou a continuidade do atual governo em caso de eleição.

Fonte: rádio Jovem Pan