Sábado, 23 de abril de 2016 - 12h55
A deputada Mariana Carvalho (PSDB – RO) comemorou a decisão do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que anunciou nessa sexta-feira (22) que as operadoras ficarão proibidas de limitar o acesso à internet de banda larga fixa por tempo indeterminado.
Membro fundadora da Frente Parlamentar pela Internet Livre e Sem Limites, a congressista juntamente com os demais integrantes, tinha protocolado na Anatel e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade ), representação contra a intenção de operadoras de telefonia que pretendem impor o fim da era da internet ilimitada.
Mariana Carvalho informou que a proibição vai valer até que o Conselho da Anatel julgue a questão, o que não tem data para ocorrer. Portanto, as prestadoras continuarão proibidas de reduzir a velocidade, suspender o serviço ou cobrar pelo tráfego excedente nos casos em que os consumidores utilizarem toda a franquia contratada, ainda que tais ações estejam previstas em contrato.
“Segundo a Anatel, a decisão considera que mudanças na cobrança desses serviços, mesmo as previstas por lei, precisam ser feitas sem ferir os direitos do consumidor”, destacou a tucana, ressaltando que o órgão não proíbe a oferta de planos ilimitados, que dependem de cada operadora.
Houve uma grande polêmica diante da notícia de que as operadoras querem oferecer planos de internet fixa, usada nas residências e empresas, com limite de download, podendo o serviço ser suspenso quando o usuário atinge uma determinada quantidade de arquivos e dados baixados.
Hoje, esse serviço é cobrado de acordo com a velocidade de navegação contratada, sem teto de uso da internet. Já o sistema que limita a quantidade de dados baixados, ou seja, que fixa uma franquia, já funciona na internet móvel, dos celulares.
“Não tem fundamento, o usuário de internet ficar sem saber quando terá ou não o serviço”, comentou Mariana Carvalho que apresentou um exemplo para ilustrar a sua preocupação. “Já pensou um estudante está realizando um trabalho de pesquisa e de repente ficar sem internet?”.
Fonte: João Albuquerque
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