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Política - Nacional

Maggi diz que Nascimento culpa 'fogo amigo' por denúncias


 
O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse ontem, segunda-feira, a colegas de partido que as denúncias que apontam para um esquema de propinas cobradas pelo Partido da República (PR) nos contratos firmados pela pasta são provenientes de "fogo amigo", segundo o senador Blairo Maggi (PR-MT). O esquema foi denunciado pela revista Veja e resultou no afastamento de dois assessores diretos do ministro, Mauro Barbosa da Silva (chefe de gabinete) e Luís Tito Bonvini (assessor do gabinete), que devem ser demitidos.

No fim de semana, além dos dois, foram afastados de suas funções o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e o diretor-presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves. Maggi disse que também acredita que "um pouco" das denúncias é realmente proveniente de gente do próprio partido, mas se negou a acusar algum aliado. "Aí já é demais", afirmou ele, evitando dar explicações.

Foram anunciados nesta segunda-feira os nomes de três substitutos dos quatro integrantes do Ministério dos Transportes afastados. Na empresa Valec, o atual diretor financeiro, Felipe Sanchez, acumulará a função com a de presidente, antes ocupada por José Francisco das Neves. No lugar do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, entrará o diretor executivo do departamento, José Henrique Sadok de Sá. Já na chefia de gabinete do ministro, vai assumir o assessor especial Wilson Wolter, cargo antes preenchido por Mauro Barbosa da Silva. Não foi anunciado substituto para o assessor Luís Tito Bonvini.

Durante o encontro com senadores e deputados do partido, Nascimento disse que colocou o cargo à disposição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas que ela preferiu mantê-lo no ministério, pediu que prestasse as explicações necessárias e abrisse investigações para apurar as denúncias. Nesse sentido, o ministro também disse que estava disposto a uma eventual ida à Câmara e ao Senado para se defender e explicar as denúncias da revista. "O que há é um aumento de obras e não superfaturamento", disse Maggi, responsável pela indicação de Pagot para direção do Dnit.

O líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), afirmou que Nascimento "não está em paz". Segundo o parlamentar, ele tem o respaldo da presidente e do partido, mas disse que "ninguém fica confortável quando é atingido no seu nome". Na saída do encontro, Malta divulgou uma nota do partido apoiando o ministro, as iniciativas do governo em apurar as supostas irregularidades e rechaçando as denúncias da revista do que o PR considera "denuncismo sem provas, criando estado de terror e desconfiança por meio de ilações".

A denúncia

A revista Veja apontou que os quatro membros do governo afastados participavam de um esquema de propinas, comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto, que rendia ao partido até 5% do valor de todos os contratos firmados pelo ministério e sob a gestão da Valec e do Dnit. Segundo a revista, Costa Neto, mesmo sem ter cargo na estrutura federal, comandava reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo na área de transportes.

Nesses encontros, os empresários e o político acertavam quais seriam os vencedores das concorrências. O acordo era feito para que todos saíssem ganhando, inclusive o PR, que emitiu nota negando a participação no suposto esquema e está analisando as denúncias para ingressar com uma medida judicial contra a revista.

Nascimento também nega as denúncias e abriu uma sindicância interna no ministério, que deve ser concluída em 30 dias, além de pedir que a Controladoria-Geral da República (CGU) faça uma auditoria nos contratos em questão. A CGU informou que por determinação da presidente Dilma e do Ministério dos Transportes iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias recentes".

Dilma disse que continua confiando nele. "O governo manifesta sua confiança no ministro Alfredo Nascimento. O ministro é responsável pela condução do processo de apuração das denúncias feitas contra o Ministério dos Transportes", afirmou ela em comunicado divulgado pela Presidência da República.

Fonte:  Reuters
 

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