Quarta-feira, 4 de julho de 2007 - 08h13
Marcelo Piedrafita Iglesias
Conforme já haviam denunciado a Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), a Associação Ashaninka do Rio Amônia (Apiwtxa) e a Associação Kaxinawá do Rio Breu (AKARIB), em manifesto tornado público em 5 de junho passado, neste blog e no site Amazônia, as ações das madeireiras peruanas, dentre elas a Forestal Venao SRL, prosseguem na fronteira com o Acre, aproveitando o início da estação seca.
Desta vez, o avanço dessa frente madeireira e a imensa destruição por ela causada foi novamente constatada por uma equipe do Ibama que, acompanhada de lideranças ashaninka, sobrevoou no dia 2 de julho o Alto Juruá, ao longo da fronteira internacional com o Peru.
A estrada ilegal que parte da localidade Puerto Itália, na beira do rio Ucayali, e que há três anos chegara às cabeceiras do rio Amônia, permitindo inclusive a invasão do território brasileiro pelos madeireiros, continua a ser aberta, com tratores, maquinario pesado e grande contingente de trabalhadores.
Atravessando terras de comunidades Ashaninka do lado peruano, os madeireiros avançam, agora, rumo à margem esquerda do rio Juruá. Aproveitando a abertura do largo ramal na floresta, imensas quantidades de toras de madeiras vêm sendo retiradas, sem respeito por qualquer norma de manejo, e empilhadas às margens da estrada para serem retiradas num futuro próximo.
No ano passado, durante um sobrevôo, uma equipe do Ibama já constatara, com o uso de GPS, que parte da estrada adentrara na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia e na Reserva Extrativista do Alto Juruá, em território brasileiro. No mais recente sobrevôo, o Ibama e as lideranças ashaninka tornaram a registrar o acelerado avanço da estrada rumo à fronteira, no trecho que coincide com a parte sul da Reserva Extrativista.
Novos danos vêm sendo causados à floresta, às caças e a vários igarapés e cursos d'água que correm para dentro do Brasil, pondo em risco a sobrevivência e a saúde do povo ashaninka e das populações tradicionais que vivem no lado acreano.
Por meio de carta tornada pública hoje, a Apiwtxa e as lideranças Ashaninka tornam a denunciar essa destruição causadas pela expansão das atividades realizadas por madeireiras peruanas nos últimos anos no Alto Juruá, solicitam apoio e ações urgentes dos governos federal e estadual e comunicam suas intenções de recorrer inclusive aos fóruns e cortes internacionais, para proteger seu território, a Reserva Extrativista, a biodiversidade da região e a própria soberania nacional.
Fonte: Blog Altino Machado
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