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Política - Nacional

Lula diz que tem gente que busca 'outros meios' para evitar que ele se reeleja


Luiza Damé - Agência O Globo BRASÍLIA - Embora tenha dito que vai ganhar as eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou os prefeitos a trabalhar até o dia 1º de outubro, e disse que é preciso "ficar de olho no processo porque no Brasil algumas pessoas ainda não aprenderam a viver em democracia". Cerca de 500 pessoas participaram do encontro em que foi entregue o manifesto de apoio à reeleição de Lula, assinado por 2.135 prefeitos do país. - É preciso ficar de olho porque tem gente neste país que ainda não aprendeu a viver na democracia. Tem gente neste país que falou: 'Vamos deixar o operário entrar. Ele não vai dar certo e depois a gente volta com toda força'. Só que os números mostram que nós demos mais certo do que eles. E eles agora estão ansiosos para ver se existem outros meios, que não a relação democrática da eleição, para evitar que as pessoas dirijam este país - afirmou o presidente em seu discurso na cerimônia, realizada no Hotel Nacional. O presidente disse estar otimista para um segundo mandato, e que não vai "baixar o nível" do debate. Lula afirmou que nesta sexta-feira pela manhã recebeu um telefonema da primeira-dama, dona Marisa Letícia, que pediu para ele não ficar nervoso nem ofender os adversários. O presidente afirmou que vai ficar tranqüilo, 'pois quem tem razão para ficar nervosos' são seus adversários. - Eu tomei uma decisão: me manterei tranqüilo. Quanto mais eles baixarem o nível, mais eu vou elevar o nível. Eu digo todo santo dia que uma campanha serve para conquistar votos, mas uma campanha também serve para conscientizar a sociedade brasileira porque nós haveremos de um dia ter um povo tão consciente que as pessoas terão mais dificuldade de enganar o povo, de mentir para o povo. Essa é uma contribuição que um candidato tem que dar. E eu vou continuar dando essa contribuição - disse. Ao falar sobre sua adolescência e das dificuldades para se manter com um salário baixo, o vice-presidente José Alencar se emocionou e chorou. Alencar interrompeu o discurso quando afirmava que seu pai o ajudaria. - Papai, é claro, me ajudaria. Eu administrei a viabilidade do meu orçamento aos 14 anos - disse Alencar, que destacava o ajuste fiscal feito por Lula.

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