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Política - Nacional

Lula diz que não quer crescimento sem distribuição de renda


Luiz Cláudio de Castro - Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, na cerimônia de assinatura do acordo que reajustou o salário-mínimo para R$ 380, que o país não pode crescer sem distribuir renda. O presidente disse que não foi reeleito para fazer mesmices e que é preciso avançar nas medidas já adotadas no seu primeiro governo e crescer distribuindo renda. Segundo Lula, o país já viveu uma experiência de crescer acima de 10%, durante o governo militar, mas no mesmo período o poder de compra do salário mínimo caiu. - Eu, agora, fui reeleito por mais quatro anos e não quero fazer o mesmo que já fiz nos primeiros quatro anos. Já fiz, está feito. Agora temos que fazer uma coisa nova. E, pelo amor de Deus, não cometam o erro de fazer a palavra desenvolvimento ou crescimento econômico sem combinar junto com ela a palavra distribuição de renda, porque este país, eu já disse a vocês na outra reunião, este país, quando o PIB cresceu 13,94% em 1973, o salário mínimo teve uma perda real de 3,4% - discursou. Segundo Lula, o país está avançando porque antes não estava habituado a ter um crescimento das exportações com o crescimento do mercado interno, não tinha experiência em microcrédito nem em crédito consignado. O presidente atribuiu a mudança de rumo na economia à participação de sindicalistas e trabalhadores nas discussões promovidas pelo governo. - Nada disso vinha da cabeça dos grandes acadêmicos, muito disso é da cabeça de vocês, o que mostra que, se a gente souber, com muita paciência, utilizar a boca que a gente tem para falar menos e utilizar as duas orelhas para ouvir mais, a gente pode acertar - disse. Lula disse que houve um avanço do governo e dos sindicalistas, que hoje buscam um acordo na mesa de negociações. Ainda segundo ele, no tempo em que era sindicalista o salário mínimo era apenas uma peça de ficção para os discursos do dia 1º de Maio. - Não faz muito tempo que o movimento sindical urbano brigava por aumento de salário mínimo, como não faz muito tempo que no Brasil o governo se dispôs a discutir salário mínimo com os dirigentes sindicais urbanos. Na verdade, o salário mínimo era uma peça de ficção para discurso nosso no Dia 1º de maio. Isso valia para o (Luiz) Marinho, quando era presidente da CUT, para mim, quando eu era presidente sindical do ABC, e para todos vocês. A gente fazia um discurso no 1º de Maio, até porque a maioria das nossas categorias não representa o trabalhador de salário mínimo - disse.

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