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Política - Nacional

Luiz Francisco afirma que vai processar Eduardo Jorge


Carolina Brigido - Agência O Globo BRASÍLIA - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realizou uma acareação entre o procurador regional da República Luiz Francisco de Souza e Eduardo Jorge, ex-secretário geral da Presidência do governo Fernando Hernrique Cardoso. Ao final do encontro, Luiz Francisco de Souza afirmou que vai processar Eduardo Jorge por ofensa à sua honra, que o acusou de falsidade ideológica. Protagonista de uma crise no governo no início da década, o ex-assessor de Fernando Henrique Cardoso sentou-se à frente de um de seus principais algozes. Foi do procurador a iniciativa de investigá-lo em 2000, por suposta participação no esquema de desvio de dinheiro público da construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. A acareação foi marcada para se tentar avançar nas apurações do colegiado em um processo por suposto crime de conduta do procurador Luiz Francisco e do procurador Guilherme Schelb em relação às investigações contra Eduardo Jorge. O ex-assessor de Fernando Henrique já tentou enquadrá-los por diversas vezes em alguma infração disciplinar. Ele diz se sentir perseguido pelos procuradores e não esconde do semblante a mágoa ainda guardada. Atualmente, Eduardo Jorge tenta desqualificar o trabalho feito pelos procuradores no CNMP, o órgão criado pela reforma do Judiciário para realizar o controle externo das atividades dos procuradores. As acusações dele já foram examinadas pelo Conselho Superior do Ministério Público, que arquivou o caso. A sessão desta terça, que durou cerca de três horas, foi a segunda acareação entre os envolvidos. A primeira, ocorrida em fevereiro, foi marcada pelo mesmo clima de constrangimento entre os presentes, principalmente entre Luiz Francisco e Eduardo Jorge. O auge foi quando o ex-assessor do Palácio do Planalto acusou o procurador de falsificar um documento. Irritado, o procurador anunciou que a briga migraria novamente para a esfera judicial. - Eu evito olhar para ele. Ele guarda muito rancor. Mas não posso permitir que ele ouse falar que eu cometi crime de falsidade ideológica. Vou processar - declarou Luiz Francisco. Luiz Francisco disse que pedirá uma quantia entre R$ 50 e R$ 100 mil como indenização por danos morais pela afirmação de Eduardo Jorge. - Depois, vou doar o dinheiro para uma instituição de caridade - planejou. Para justificar a suposta irregularidade nas investigações contra ele, Eduardo Jorge voltou a alegar que Luiz Francisco teria trabalhado nas investigações em seu período de férias, o que seria ilegal. Também acusou o procurador de ter dito em um programa de entrevistas na televisão que costumava abrir processos contra as pessoas apenas para vê-las sofrer. E afirmou que Schelb teria apresentado informações falsas sobre a investigação à Receita Federal. Não existe previsão para o fim das apurações. Nesta terça, foi aberto novo prazo para a coleta de provas da acusação e da defesa. Também serão ouvidas testemunhas em breve. Após tomadas essas medidas, o caso deverá ser julgado pelo plenário do CNMP. - Por mim, já teria julgado isso há muito tempo. Mas não quero ser acusado no futuro de ter beneficiado alguém - disse o relator, o juiz Hugo Melo.

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