Segunda-feira, 5 de janeiro de 2015 - 15h05
247 - Em novo post em seu blog, o diretor do 247 em Brasília, Paulo Moreira Leite, passa a limpo a Operação Mãos Limpas, que investigou casos de corrupção na Itália na década de 1990, e a compara com a Lava Jato, coordenada pelo juiz Sérgio Moro. A ação foi iniciada com um flagrante forjado e terminou com 1.223 pessoas condenadas – dez cometeram suicídio –, a carreira do primeiro-ministro Bettino Craxi destruída e muitas perguntas sem respostas, conforme relata PML.
"Matriz ideológica da Operação Lava Jato, com a qual o juiz Sérgio Moro investiga a Petrobras e ameaça produzir uma crise sem paralelo em nossa história política, a Operação Mãos Limpas merece mais do que um minuto de reflexão por parte dos brasileiros", introduz o jornalista, em seu texto. Ele ressalta que Bettino Craxi havia se tornado "um político descartável por Washigton depois que se recusou a aceitar uma intervenção norte-americana no sequestro do Achille Lauro, um navio de turistas que navegava pelo Mediterrâneo até que foi dominado por quatro terroristas palestinos".
À época, o embaixador dos Estados Unidos em Roma, Reginald Bartolemew, ficou convencido de que a Mãos Limpas se transformara numa perseguição fora de todo controle ("os direitos de defesa dos acusados eram violados sistematicamente, o que era inaceitável", disse o diplomata) e "participou de articulações para formar um novo sistema de partidos políticos, com a presença de neo-fascistas, e de sobreviventes do antigo PC, convertidos à posição de aliados da Casa Branca de Bill Clinton". Leia um trecho do texto:
Para o embaixador, o ponto grave, no aspecto jurídico, é que os tribunais se mostravam inteiramente intimidados pela ação do Ministério Publico. Bartholemew convidou um ministro da Suprema Corte dos Estados Unidos, Anthony Scalia, para reunir-se com magistrados italianos. No encontro, diz o embaixador, Scalia lembrou aos magistrados que tinham obrigação em defender os princípios da Justiça e os direitos dos acusados. Também disse que as prisões preventivas contrariavam "frontalmente os direitos dos acusados" e também os "princípios fundamentais do direito anglo-saxão."
A advertência de Anthony Scalia, escreve Moreira Leite, "joga luzes sobre a dificuldade de se produzir sentenças serenas num ambiente de investigações abertamente politizadas". Por fim, o colunista traz à tona o que segundo ele seria a "principal ironia da história": o maior beneficiário do escândalo foi Silvio Berlusconi, que teve força para ocupar por duas vezes o posto de primeiro-ministro, depois que a Mãos Limpas "tirou de cena concorrentes que poderiam lhe fazer frente". "Dentro de um universo de instituições enfraquecidas, a posse de uma rede privada de emissoras de TV transformou Berlusconi num político imbatível, que acumulou poderes de ditador e foi capaz de submeter o país a uma sucessão de vexames", completa.
Leia aqui a íntegra do artigo.
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