Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 - 15h09
Em pronunciamento nesta quarta-feira (10), o senador Jefferson Praia (PDT-AM) disse que a "lista suja" do trabalho escravo, divulgada em janeiro pelo Ministério do Trabalho e Emprego, evidencia que essa prática desumana constitui um grave problema no Brasil, sobretudo na Amazônia, que registrou 100 das 164 ocorrências verificadas pelo governo.
Praia foi um dos oradores da sessão especial realizada em Plenário pela passagem do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado em 28 de janeiro. A data marca o assassinato, em 2004, de três auditores do trabalho e o motorista que os conduzia em uma emboscada em Unaí, no noroeste de Minas Gerais, onde investigavam denúncias de escravidão.
Praia citou ainda dados da Comissão Pastoral da Terra, segundos os quais das 38.003 pessoas libertadas entre 1995 e 2009 de cativeiros, sobrevivendo em condições degradantes de higiene, alimentação e em longuíssimas jornadas de trabalho e privação de liberdade, 22.762 estavam na Amazônia Legal, formada pelos estados do Pará, Amazonas, Acre, Roraima, Amapá, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
- Praticamente todos os casos estão ligados à expansão predatória da fronteira agropecuária na vasta área tristemente conhecida como arco do desmatamento - afirmou.
A maioria das ocorrências, disse o senador, concentra-se no município paraense de São Félix do Xingu, também considerado o campeão no desmatamento, que atingiu 15,9 mil quilômetros quadrados de florestas derrubados, equivalente a dez vezes a superfície da cidade de São Paulo.
A persistência da escravidão 122 anos após a promulgação da Lei Áurea, disse Praia, é algo mais grave que um caso de policia, "é uma monstruosa questão socioambiental diretamente ligada às distorções do modelo econômico de ocupação de vastas regiões do interior amazônico, e também da omissão do poder público nos três níveis de governo".
Praia disse ainda que o governo agiu certo ao dar início à legalização das terras amazônicas em 2009, mas assinalou que a população da região precisa de um conjunto de políticas públicas integradas capazes de fornecer alternativa de trabalho e vida digna aos seus ocupantes.
Fonte: Agência Senado
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