Quarta-feira, 16 de abril de 2008 - 11h32
MONTEZUMA CRUZ
AGÊNCIA AMAZÔNIA
BRASÍLIA – A celebração comportou velhas reivindicações. "Não basta a gente vir aqui. Precisamos fortalecer o controle social dos nossos espaços, que são difíceis, por falta de respeito às minorias", discursou a líder Carmen Pankararu. Nesse clima, a Frente Parlamentar Ambientalista recebeu nesta quarta-feira, para um café da manhã, cerca de cem líderes indígenas e diversos representantes de órgãos federais e organizações não-governamentais, no 10º andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Com voz firme e sem exaltação, Carmen cobrou o desengavetamento do Estatuto dos Povos Indígenas e maior empenho dos parlamentares pelo funcionamento de políticas públicas voltadas para os povos. Criticou a "politicagem na saúde" e reforçou a necessidade de debater "as agressões de madeireiros, usineiros e mineradores". Ela pediu autonomia para os 34 conselhos distritais que atendem no âmbito dos estados: "Para ter condições de fazer a saúde acontecer, eles necessitam autoridade sanitária, política e administrativa".
Pontuais, os índios chegaram para o café às 7h30, meia hora antes do previsto para o início do encontro. Acomodaram-se nas mesas, conheceram parlamentares da Frente e deram entrevistas. A reunião foi aberta pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), coordenador-geral da Frente, coadjuvado por Eduardo Valverde (PT-RO). Lá estava também o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, que saudou os índios pela conquista de novos aliados.
Chinaglia lembrou que a proposta do Estatuto tramita na Câmara há 15 anos e mostrou-se disposto a intermediar uma reunião entre líderes indígenas e partidários, a fim de discutir apoio para a votação do projeto. Ao ler os nomes das etnias com representantes presentes, Valverde indagou se ainda haviam outros povos não mencionados. Ouviu vários. Exultante, o diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, destacou a presença dos participantes Exultante, o diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, destacou a presença dos participantes e circulou o tempo todo pelo salão do restaurante, ouvindo opiniões a respeito do encontro.
A aprovação do Estatuto é uma luta árdua e está exigindo uma correlação de forças "para evitar perdas de conquistas", reconheceu o deputado Carlos Abicalil (PT-MT). "Este encontro é a reafirmação dos compromissos dos direitos dos povos indígenas", disse. Elogiou o Acampamento Terra Livre, que neste ano reivindica uma "política mais clara para os povos indígenas" – nas palavras de um dos seus coordenadores, Sandro Tuxá. "Vocês estão simbolizando a teimosia, a permanência na terra e o zelo pela natureza".
Cerca de 800 índios estão acampados desde terça-feira na Esplanada dos Ministérios e no gramado em frente ao Congresso Nacional. A quinta edição do Acampamento Terra Livre encerra o denominado Abril Indígena, um movimento que promove atos políticos por todo o País no mês em que se comemora o Dia do Índio (19 de abril).
Fonte: Montezuma Cruz: Agênciamazônia é parceira do Gentedeopinião.
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