Segunda-feira, 22 de junho de 2009 - 16h29
Amanda Mota
Agência Brasil
Manaus - O grupo de índios que invadiu a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Manaus, no último dia 8, ameaça incendiar o prédio hoje (22), caso não seja aberta imediatamente uma negociação.
Eles exigem a exoneração do atual chefe do Distrito Especial de Saúde Indígena , Radamésio Abreu, e agora também do coordenador da Funasa no Amazonas, Pedro Paulo Coutinho.
A todo momento, chegam mais índios para se juntar ao grupo. Segundo um dos líderes dos invasores, Luiz Sateré, de 52 anos, o número de pessoas dentro do prédio já chega a 628, dos quais 118 são mulheres, dentre elas dez grávidas, e 125 crianças.
Há mais de 100 caciques, representando pelo menos 12 etnias de 22 municípios do Amazonas. Os índios mais jovens estão pintados para a guerra e armados de arcos e flechas.
Os manifestantes permitiram a entrada, no pátio de prédio, de 12 carros da própria instituição que estão estacionados no portão de entrada, o que impede a passagem de pessoas e de viaturas de polícia, por exemplo. As carrocerias das caminhonetes estão cheias com pneus e papéis. Os manisfestantes ameaçam por foto no material caso a Polícia Federal tente retirá-los.
Do lado de fora do prédio também há pneus, papel e pedaços de madeira, que poderão ser usados para atear fogo, de acordo com os invasores.
O prazo de 72 horas dado pela 1ª Vara da Justiça Federal no Amazonas para a reintegração de posse terminou às 16h de hoje. A Polícia Federal deve chegar a qualquer momento para que se cumpra a ordem judicial, entregue aos índios na última sexta-feira.
Segundo o cacique Antonio Mota, da etnia Mura, os manifestantes não querem briga, mas sim a negociação. "Mas se for o caso, haverá derramamento de sangue", mostrando que eles estão prontos para um possível confronto e que o clima é tenso.
No prédio, já falta comida, mesmo com as doações que os ocupantes têm recebido de pequenos comerciantes que apoiam o movimento. Os manifestantes têm feito apenas uma refeição por dia, servida por volta das 14h. "Só ontem [domingo, 21], usamos 27 frangos para a nossa refeição", disse o líder Luiz Sateré.
A indignação dos índios com o coordenador da Funasa decorre do fato de não ter sido cumprida a promessa de exonerar Radamésio Abreu. "No 18 de maio, fizemos uma reunião com o Pedro Paulo na Coiab [Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira] . Ele se comprometeu a exonerar o Radamésio e a prova disso está na ata da Coiab assinada por ele mesmo."
Procurada pela Agência Brasil, a Funasa não quis se manifestar sobre o impasse.
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