Sexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Gilmar Mendes diminui diferença contra Ficha Limpa: 4 a 2


 

Débora Zampier
 Agência Brasil

Brasília – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano. Além disso, ele também se posicionou contra o fato de a lei retroagir para – argumentou o ministro - prejudicar especialmente nos casos em que a inelegibilidade passou de três para oito anos.

Logo no início do voto, Mendes disse que qualquer lei, mesmo que aprovada por unanimidade, está submetida à Constituição Federal. “A missão da Corte é contramajoritária, não é para mimetizar decisões e palanques. É uma função que tem que contrariar o que opinião publica entende como salvação para salvar a própria opinião publica”, disse o ministro.

Para o ministro, o fato de a lei atingir situações anteriores à data de sua edição é inaceitável. “Estamos tendo o caso de aplicação da retroatividade máxima, aquilo que sempre entendemos como errado, estendendo a fatos anteriores. Estamos próximos a estado de barbárie e só isso já suscita dúvidas”, disse Mendes.

O ministro também atacou argumentos que afirmam que a lei atende a princípios em prol da moralidade e da probidade administrativa. “Não digam que a lei tem base ética evidente, porque amanhã pode esconder vontades políticas reprováveis.” Ele atacou ainda a questão de que a inelegibilidade não é pena e fez questão de diferenciar a inelegibilidade prevista em lei da inelegibilidade adquirida como punição.

O ponto mais atacado por Mendes foi a aplicação da Ficha Limpa já neste ano. O ministro citou muitos exemplos de entendimentos anteriores da Corte para justificar seu ponto de vista. "O fato de ter a espera um ano é uma segurança pra todos. Faz parte de um processo civilizatório, tem de ser respeitado", disse Gilmar Mendes.

Por fim, o ministro disse que os demais pontos não deveriam ser debatidos neste momento. A presunção de inocência, por exemplo, não se aplica ao caso de Roriz e para o ministro deve ser analisada posteriormente, destacando que não é contra todo o teor da lei.

“A Lei da Ficha Limpa representa sem dúvida um avanço na democracia, não há controvérsia sobre isso. Não significa reprovação em seus termos gerais. Ela poderá ser aplicada normalmente nas próximas eleições, e temas específicos poderão ser discutidos depois”, disse o ministro.

Gente de OpiniãoSexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (SInagências) conseguiu uma solução direta do governo após intensa articulaç

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas foi instaurada em Rondônia para investigar possíveis irregularidades nos processos de criação

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Na tarde dessa segunda-feira (06), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta, esteve r

Gente de Opinião Sexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)