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Gestora de presídios doou R$ 300 mil ao governador do Amazonas


Gestora de presídios doou R$ 300 mil ao governador do Amazonas  - Gente de Opinião

247 – Uma das empresas gestoras dos presídios de Manaus fez uma doação de R$ 300 mil à campanha à reeleição do governador do Amazonas, José Melo (Pros), em 2014. Trata-se da Auxílio Agenciamento de Recurso Humanos e Serviços Ltda., antiga Conap.

Acionistas de outra empresa do grupo, a Umanizzare, doaram R$ 212 mil ao ex-deputado federal Carlos Souza (PSD-AM), réu por tráfico de drogas, também na campanha de 2014, aponta reportagem do Uol. A empresa foi criada em 2011 e administra seis presídios no Amazonas. Ela tem dois sócios: Regina Celi Carvalhães de Andrade (administradora da empresa) e Arleny Oliveira de Araújo.

O presídio Anísio Jobim, onde 56 detentos morreram após uma rebelião nos últimos dias, a segunda maior do País, depois do Carandiru, em São Paulo, tinha lotação três vezes acima da capacidade.

Estudo do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura de janeiro de 2016 apontou a privatização das prisões como um dos motivos para a precarização. Vale lembrar que R$ 42,6 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) foram liberados para a realização da Olimpíada e da Paralimpíada em 2016 no Rio de Janeiro.

Após o massacre, o governador José Melo fez uma declaração desastrosa: afirmou que "não tinha nenhum santo" entre os detentos mortos. "Eram estupradores, matadores e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas", disse (leia mais).

Abaixo, reportagem do portal D24Am sobre a doação a Melo:


Gestora de presídios doou R$ 300 mil a campanha eleitoral de José Melo
Antiga Conap, a Auxílio Agenciamento de Recurso Humanos e Serviços Ltda. fez a doação para a reeleição do governador. Junto com a Umanizzare, a empresa já recebeu R$ 1,1 bilhão do Estado


A Auxílio Agenciamento de Recurso Humanos e Serviços Ltda. doou R$ 300 mil para a campanha eleitoral de José Melo ao governo do Estado, em 2014, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa, antiga Conap, faz parte do grupo empresarial que recebeu R$ 1,1 bilhão do Estado do Amazonas, entre 2010 e 2016, para administrar os presídios de Manaus.

O grupo é composto também pela Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda, que faz parte do Consórcio Pamas - Penitenciárias do Amazonas, formado com a LFG Locações e Serviços Ltda., e tem contrato com o governo com prazo de 27 anos, prorrogável até 35 anos.

Somente a Umanizzare recebeu R$ 809,5 milhões do Estado do Amazonas desde 2010.

No ano em que José Melo foi eleito governador, a empresa recebeu R$ 216 milhões. No ano seguinte, em 2015, mais R$ 135,6 milhões. Entre janeiro e agosto de 2016, o montante subiu para R$ 429,4 milhões pagos pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), segundo dados do Portal da Transparência e dos relatórios de prestação de contas anuais do governo, publicados no site do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A empresa responde a processos instaurados pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), para apurar práticas de irregularidades e ilícitos no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

Já a Auxílio Agenciamento de Recursos Humanos e Serviços Ltda. recebeu outros R$ 298 milhões, em seis anos, o que totaliza R$ 1,1 bilhão repassados pelo Estado para as duas empresas.

Em nota, a Umanizzare se manifestou pela primeira vez sobre a chacina e a fuga de detentos. A empresa "lamenta profundamente a tragédia ocorrida em Manaus, e tem buscado, junto com o Governo do Estado do Amazonas, prestar todo o apoio necessário às autoridades na investigação da ocorrência e na elucidação dos fatos", diz o texto.

De acordo com a empresa, a administração é em regime de co-gestão, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em que compete a prestação de suporte às atividades-meio, tais como apoio logístico, limpeza, conservação, manutenção, alimentação, assistência material e assistências jurídica, psicológica, médica, odontológica, social, ocupacional e religiosa. Ao Estado cabe as atividades-fim, como a execução penal dos sentenciados, a direção do presídio e a disciplina e vigilância dos detentos.

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