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Política - Nacional

General deixa diretoria-geral do Dnit


O general Jorge Fraxe, responsável pela "faxina" no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), deixou o comando do órgão federal e intensificou a disputa em torno de sua sucessão. Oficialmente, Fraxe se afastou em caráter temporário e por razões médicas, mas a tendência é que ele não volte mais.

A autarquia pretende investir até R$ 13 bilhões neste ano e é alvo de cobiça do PR, que a controlava politicamente até 2011, quando eclodiu o escândalo em torno do contraventor Carlinhos Cachoeira e da Delta Construções. Parte do governo resiste à pressão da legenda e prefere entregar o comando do Dnit - pelo menos interinamente - ao número 2 do órgão, Tarcísio Freitas, um ex-auditor da Controladoria-Geral da União (CGU) dedicado à reorganização dos contratos de obras em rodovias federais nos últimos três anos. Freitas é bem avaliado no Palácio do Planalto. Seus defensores alertam que, caso haja uma nova indicação ao comando do Dnit, seria preciso esperar sua sabatina e apreciação no Senado - o que poderia, em plena campanha eleitoral, consumir meses.

O setor privado também prefere que a chefia do órgão federal seja exercida por Freitas. Para empresários que têm contratos com o Dnit, uma troca de comando agora pode paralisar a autarquia, que aumentou sua execução orçamentária em 44% nos cinco primeiros meses deste ano.

Freitas, braço-direito do general no Dnit, foi aprovado em concurso para a consultoria legislativa da Câmara dos Deputados e pretende tomar posse. O Valor apurou, no entanto, que isso não constitui obstáculo a uma licença imediata para ficar no Dnit.

Enquanto isso, o PR se move nos bastidores para expandir sua influência no Ministério dos Transportes. A bancada do partido na Câmara convenceu a presidente Dilma Rousseff a trocar o ministro César Borges por seu antecessor, Paulo Passos, considerado um interlocutor melhor com os políticos da legenda.

Gradualmente, nos últimos meses, o PR reconquistou parte do espaço perdido no início do governo Dilma. O ex-deputado e ex-presidente do partido no Pará, Anivaldo Juvenil Vale, foi nomeado para a secretaria-executiva do ministério - um cargo normalmente técnico. Superintendências regionais do Dnit, que passaram a ser ocupadas apenas por servidores do próprio quadro depois da "faxina" de 2011, foram recuperadas por funcionários de carreira indicados pelo PR. Foi o que aconteceu com as superintendências de Goiás e do Ceará.

Em troca de um minuto e oito segundos a mais como tempo de televisão, na campanha eleitoral, Dilma cedeu e aceitou a troca de Borges por Passos. A resistência do governo em dar mais cargos no segundo escalão se deve ao diagnóstico de que, após dois anos consumidos em um processo de arrumação geral, o Dnit finalmente voltou a andar bem: hoje praticamente não há mais trechos de estradas federais sem contratos de manutenção em andamento e algumas obras importantes - como a duplicação da BR-381 (MG) e a construção de uma nova ponte sobre o rio Guaíba (RS) - saíram da gaveta.

O PR está de olho ainda no comando da estatal Valec. O atual presidente, José Lúcio Lima Machado, foi indicado pelo ex-ministro César Borges, mas não é reconhecido como um nome do partido, e sim de sua cota pessoal.

Na dança das cadeiras no Ministério dos Transportes, outra mudança bastante discreta ocorreu no fim da semana passada: o engenheiro civil Josias Sampaio Cavalcante, que deu lugar a Machado na presidência da Valec, assumiu a chefia da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

A EPL foi criada, em 2012, para planejar a infraestrutura logística do país e fazer estudos sobre novas concessões. O economista Bernardo Figueiredo, então xodó de Dilma e "pai" do programa de concessões lançado à época, ficou aproximadamente um ano no cargo. Depois, deu lugar a Passos, que havia saído do ministério justamente a pedido do PR.

Além de Cavalcante, outros dois técnicos - Hélio Mauro França e Miguel Masella - compõem a diretoria da EPL.

Fonte: Valor Econômico/Daniel Rittner e Rafael Bittencourt

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