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Gaudêncio Torquato: Lula encontrará um país dividido


Luisa Valle -Agência O Globo RIO - Na opinião de Gaudêncio Torquato, cientista político e professor da Universidade de São Paulo (USP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai encontrar um país divido. Para o professor, seu principal desafio será governar para todos. - Ele está diante de um país profundamente dividido, amargurado, muito até pelo próprio discurso dele. Essa recorrência contra os eleitores tornou a sociedade bastante tensa. Ele não poderá criticar mais as classes A e B - disse. Torquato acredita que Lula vai começar o novo governo ainda com as cobranças da oposição. Apesar disso, para o professor ao longo do governo os conflitos entre os partidos devem diminuir: - Não podemos terminar uma eleição e começar outra. É preciso que ocorra uma integração de esforços para se chegar a um consenso. É possível que já no meio do mandato já exista um entendimento entre oposição e governo. De acordo com Torquato, Lula terá um apoio maior na Câmara, enquanto no Senado ele deve encontrar uma oposição maior, apesar disso, ele não vê grandes dificuldades para o governo. Segundo o professor da USP, a sociedade estará mais atenta nesse segundo mandato do petista, o que vai ajudar na hora de aprovar as reformas que estão pendentes: política, previdenciária e tributária. - A sociedade não agüenta mais esses costumes do toma-lá-dá -cá. É preciso que os políticos cortem na própria carne. Fazendo uma reforma política que pode qualificar os costumes - afirmou. O professor chamou atenção também para um assunto que ocupou grande parte das discussões de propostas para a economia durante a eleição: a contenção de gastos. Lula afirmou que não vai cortar gastos, o que, segundo Torquato, pode afetar a economia e a previdência. - Lula precisará redimensionar os gastos, principalmente no social. Se ele quiser expandir o Bolsa-Família, sem enfrentar a questão previdenciárias não há conta que agüente - disse. Torquato falou ainda sobre a relação do governo com os partidos. Para ele o PMDB, partido mais forte do Congresso, deve apoiar o governo. Além disso, ele afirmou que com a cláusula de barreira haverá uma negociação mais direta, mais transparente entre o governo e o Congresso. Para ele, os partidos começarão a pensar menos em cargos e vão pensar mais em políticas públicas. - Serão seis ou sete partidos grandes e os pequenos devem girar em torno. O enxugamento desse quadro vai evitar as negociações no varejo. Eu diria que vai haver uma articulação mais transparente, mais correta mais - disse.

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