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Falta de trigo deixa pão francês mais caro...


Brasília - A queda nos estoques mundiais de trigo e o aumento nas taxas para importar o grão vão deixar o pãozinho francês mais caro para os brasileiros. Por recomendação da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), as padarias já aumentaram em cerca de 10% o preço do quilo do pão, que chega ao consumidor por R$ 5,50, em média.

A justificativa para o aumento de preço é o baixo estoque de trigo nas indústrias que fabricam e distribuem a farinha, principal ingrediente do pãozinho. A diminuição das reservas foi causada por dificuldades na safra mundial de 2006 e pela interrupção da importação de trigo da Argentina, principal fornecedor do mercado brasileiro.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os argentinos são responsáveis por mais de 90% das importações de trigo brasileiras. Em março, a Argentina suspendeu as exportações de trigo em grão, alegando proteção ao abastecimento interno.

Com essa decisão, o Brasil teve que recorrer a outros mercados, em especial Canadá e EUA. Os grãos comprados desses países estão sujeitos à tarifa externa comum (TEC), imposto que aumenta os preços em 10% - nas transações entre os países do Mercosul, a taxa não é cobrada.

Para a Associação Brasileira das Indústrias de Trigo (Abitrigo), a solução para minimizar os efeitos da suspensão de trigo argentino seria a isenção temporária da TEC para os outros países fornecedores. "Não faltará trigo nem farinha de trigo ao Brasil, mas sem a isenção o aumento será significativo e os panificadores serão obrigados a atualizar suas margens e aumentar os preços", disse Samuel Hosken, presidente da Abitrigo.

O presidente da Abip, Alexandre Pereira, disse que o reajuste repassado ao consumidor não é reflexo somente da taxa de importação. "Nos últimos 90 dias, os aumentos para as panificadoras foram maiores que 10%, porque tem pouco trigo no mercado e o preço sobe, mas nossa expectativa é fazer o possível para não repassar as perdas para o consumidor", afirmou.

Pereira destacou que ainda não é possível prever se haverá mais aumento no preço do pão nos próximos meses. "Sabemos que se o preço subir demais, as pessoas vão deixar de consumir e essa não é nossa intenção".

Luana Lorenço
Agência Brasil

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