Segunda-feira, 26 de abril de 2010 - 19h18
O ex-diretores da Assembleia Legislativa, Abib Miguel (geral), José Ary Nassiff (administrativo), e Cláudio Marques da Silva (de Recursos Humanos) foram ouvidos, nesta segunda-feira (26), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mas pouco acrescentaram às investigações. Os três estão presos desde o sábado (24) , pela Operação Ectoplasma I, deflagrada pelo Gaeco para investigar as denúncias envolvendo a Casa de Lei, apresentadas pela série de reportagens “Diários Secretos”, da Gazeta do Povo e da RPC-TV.
Abib Miguel disse ao Gaeco que seu patrimônio foi construído a partir da exploração de uma fazenda de sua propriedade em Goiás. Considerado um dos pivôs das denúncias, o ex-diretor da Assembleia, no entanto, se calou diante de outros questionamentos, como sobre a rede que ele teria articulado para usar dinheiro público em benefício próprio e de seus apadrinhado.
Nassiff, por sua vez, não informou sequer o cargo que ele ocupava na Assembleia e se manteve calado diante de todas as perguntas formuladas pelo Gaeco. Marques da Silva também prestou informações sobre a estrutura administrativa da Casa, mas pouco acrescentou às investigações.
O ex-funcionário da Assembleia, João Leal de Mattos, e a filha dele, Priscila da Silva Mattos, que também haviam sido presos, prestaram depoimento. Outras cinco pessoas detidas na investigação deveriam ser ouvidas.
O procurador e coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC-TV, confirmou que foram cometidos crimes de peculato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. “Temos evidências de uma quadrilha que se formou com o objetivo de desviar dinheiro público”, apontou.
Apesar das prisões e das evidências dos crimes, a operação do Gaeco não deve investigar a eventual participação de deputados no esquema. De acordo com Batisti, se algum parlamentar figurar como destinatário do dinheiro ou como participante direto, o Gaeco deve encaminhar o caso à Procuradoria Geral de Justiça, para que inicie uma investigação específica.
Portas fechadas
Na manhã desta segunda-feira, o presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus, convocou os parlamentares para uma reunião a portas fechadas, na sala da presidência. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa, o objetivo do encontro foi informar os deputados sobre o número de funcionários que cada um poderá ter a partir de agora e para divulgar os resultados da sindicância promovida pela Assembleia em relação às denúncias.
Apesar das conclusões das investigações internas, a população não terá acesso ao relatório final da sindicância. A Assembleia chegou a divulgar nota oficial comunicando que divulgaria o resultado das investigações nesta segunda-feira, mas depois das prisões de três ex-diretores e de sete funcionários da Casa, o relatório será entregue apenas ao Ministério Público.
Fonte: Gazeta do Povo
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