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Política - Nacional

Especialistas divergem sobre domínio da Petrobras na distribuição


Juliana Rangel - Agência O Globo Ana Cecília Santos - O Globo RIO - O impacto da concentração de mercado que resultará da compra da Ipiranga pela Petrobras divide analistas. O economista Adriano Pires, consultor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), acredita que como a Petrobras elevará a participação no mercado de distribuição de combustíveis dos atuais 32% para 50%, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá obrigar a empresa a vender uma parcela do negócio: - Conforme a divisão, a BR vai ficar com 50% do mercado, e, no Sul, onde a Ipiranga é forte, a concentração pode ser de 70%. A união deverá ser olhada com muito cuidado pelo Cade. Já para Jean-Paul Prates, sócio da consultoria Expetro, a grande concentração de mercado não deverá despertar problemas no Cade. Segundo ele, com a compra da Ipiranga, a Petrobras vai ganhar hegemonia na distribuição, única área em que não é líder. - Ela ficará disparada na frente das outras, mas não acho que as demais marcas queiram reagir a isso. Elas não têm evoluído quase nada no Brasil e já deram vários sinais de desmobilização - avalia. Prates lembra que a Shell já foi alvo de vários rumores de que poderia deixar a atividade de distribuição no país e focar apenas em exploração e produção, o que a empresa nega: - Já a Esso faz apenas uma manutenção básica de sua presença no Brasil, mas também não demonstra interesse em se expandir, assim como a Chevron Texaco. A Repsol tem poucos postos no país, enquanto a Agip vendeu, em 2004, os ativos de distribuição para a Petrobras por US$ 450 milhões. - O mercado, por um lapso do governo, vem enfrentando sérias dificuldades no setor de distribuição, sofrendo com a indústria de liminares e com a adulteração. Não há quem mostre entusiasmo em crescer no Brasil, à exceção da Ale e da Sat, que fundiram seus negócios no ano passado. Existem hoje mais de 200 distribuidoras cadastradas na ANP, mas cerca de seis atuam com mais força no Brasil - diz Prates. Pires admite que o ramo de distribuição está pouco atraente, com margens muito baixas, mas critica a concentração de mercado: - É uma pena uma empresa do porte da Ipiranga ser vendida à Petrobras. Se o comprador fosse a Repsol, aumentaria bem mais a concorrência, porque a empresa passaria a deter cerca de 22% do mercado. Segundo o economista do CBIE, há dois anos a hispano-argentina Repsol tentou adquirir a Ipiranga, mas não fechou um acordo com os controladores, especialmente, porque a divisão petroquímica não interessava à empresa: - O que a Repsol queria era comprar a distribuidora e ser forte no Sul, próximo à fronteira com a Argentina.

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