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Política - Nacional

ELETROBRÁS: energia eólica terá maior participação na matriz nacional


 
Alana Gandra
Agência Brasil


Rio de Janeiro - O parque eólico brasileiro está em franco desenvolvimento, segundo afirmou à Agência Brasil o diretor de Tecnologia da Eletrobrás, Ubirajara Rocha Meira. Ele lançou ontem (9), em Maceió, o Atlas Eólico de Alagoas, resultado de convênio entre a estatal, o  Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Meira informou que a potência total instalada de energia eólica (produzida a partir dos ventos) no Brasil atinge em torno de 103 mil megawatts (MW). Desse total, 1.422 MW são energia eólica contratada por meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), o que corresponde a cerca de 1,5% da potência total instalada no país.

“É um valor ainda pequeno, comparado com a matriz mundial porque, em nível de mundo, você tem hoje na área eólica em torno de 120 mil MW, com base em dados de dezembro de 2008”, disse Meira.

No planejamento estratégico até 2030, está prevista uma economia de 10% para o país, “utilizando o artifício da eficiência energética em todas as formas de energia. Se fosse hoje, tomando por base a potência nacional instalada, a gente teria que ter economizado aproximadamente 10 mil MW”, enfatizou Meira. “Significa dizer que o governo, em termos de eficiência energética, vai ter que crescer bastante”, completou ele.

O diretor da Eletrobrás destacou que o Brasil apresenta particularidades em relação ao resto do mundo. A matriz brasileira é preponderantemente renovável. E a participação hidrelétrica dentro dessa matriz é forte, tem crescido e apresenta  tendência de ampliação. Meira ressaltou, no entanto, que o Proinfa estimula fontes alternativas de energia, salientando as fontes eólica, biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

“Com isso, o governo sinaliza o desejo de crescer essas três  alternativas dentro da matriz. E é isso que está ocorrendo”, disse Meira.

Em todo o mundo, a energia eólica vem crescendo de forma exponencial, afirmou Meira. “E no Brasil não está sendo diferente”. Ele citou que, em 2006, a energia eólica somava 271 MW no Brasil. Hoje, se aproxima de 2.000 MW. “Ou seja, em dois anos é um crescimento quase de dez vezes. Isso é uma demonstração de que o governo está investindo forte e está incentivando  bastante as fontes alternativas de energia, com destaque para a energia eólica”.

A região Nordeste concentra atualmente os indicativos e características meteorológicas favoráveis a esse tipo de instalação. Meira destacou, porém, que também o Sul e o Sudeste brasileiros apresentam intensidade razoável de ventos, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A participação da energia eólica na matriz energética brasileira oscila hoje na faixa de 1% a 2%.

O diretor da Eletrobrás acredita que o governo vai adotar nos próximos meses políticas mais ousadas com relação às fontes alternativas e a energia eólica vai  aumentar sua participação dentro da matriz. Ele lembrou que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou recentemente que, no primeiro semestre deste ano, será aberto leilão para contratação de energia eólica.

“Essa é a maior prova de que o governo está incentivando a energia eólica no Brasil. Esse é um indicativo forte de que o governo está apostando nas energias alternativas. E a [energia] eólica está presente com muita forma dentro desse contexto”, concluiu Ubirajara Rocha Meira.

 

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