ELEIÇÕES 2010: PMDB cobra isenção de presidente nos estados

O PMDB não quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no papel de cabo eleitoral de adversários petistas nas eleições estaduais. É este temor que está por trás do adiamento da festa para anunciar a chapa presidencial da petista Dilma Rousseff (PT), com o PMDB do deputado Michel Temer (SP) na vice.

Dilma até preparou um jantar de homenagem ao vice na terça-feira passada, mas em vez da confirmação da data para comemorar a parceria - 15 de maio - , o encontro produziu o que um dirigente peemedebista batizou de “aliança da desconfiança”. A melhor tradução desta falta de confiança entre os aliados é o adiamento duplo das convenções que o PMDB nacional e o PT mineiro fariam para celebrar acordos.

O PT deu o troco em menos de 24 horas. Com o pé atrás por conta do comportamento do aliado, a cúpula petista também adiou para o mês que vem a definição da chapa ao governo de Minas, que Hélio Costa insiste em encabeçar na condição de líder nas pesquisas de intenção de voto para governador.

Vencedor das prévias mineiras em que o PT escolheu seu candidato a governador domingo passado, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel chegou a Brasília quarta-feira pronto para dizer que abriria mão da candidatura em favor do PMDB do Costa. Mas não antecipou o anúncio.

Preocupados com o ambiente de desconfiança, os peemedebistas cobram do presidente do partido que ponha rédeas nos parceiros petistas durante a campanha. O argumento neste caso é de que não podem colocar Temer como vice de Dilma e, ao mesmo tempo, ver os candidatos do partido nos Estados massacrados pela popularidade do presidente Lula. Temer comunicou a Dilma que o PMDB só faria o encontro nacional para aclamá-lo candidato a vice no dia 12 de junho.

Fonte: bem Paraná