Domingo, 2 de maio de 2010 - 12h56
Maria Osmarina Marina Silva, atualmente com 52 anos, nasceu em 8 de fevereiro de 1958, em uma colocação de seringa chamada Breu Velho, no Seringal Bagaço, no Estado do Acre.
Dos 11 filhos de Pedro Augusto e Maria Augusta, três morreram ainda pequenos e Marina ficou sendo a segunda mais velha dos oito sobreviventes. Para ajudar a pagar uma dívida contraída pelo pai, Marina e as irmãs cortaram seringa, plantaram, caçaram, e pescaram.
Aos 16 anos mudou-se para capital Rio Branco. Estudou no Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e cursou a Educação Integrada, onde aprendeu a ler e a escrever. Também fez supletivo de 1º e 2º grau. Para arcar com as despesas dos estudos, trabalhou como empregada doméstica.
Aos 26 anos formou-se em História pela Universidade Federal do Acre. Na universidade descobriu o marxismo e participou de grupos semi-clandestinos que atuavam na oposição ao regime militar.
Quando jovem, tinha o sonho de ser freira até começar a frequentar reuniões das Comunidades Eclesiais de Base. Foi aí que Marina ingressou na vida política, ainda que não-partidária, dos movimentos sociais. Sua atuação política se solidificou em 1984, quando fundou a CUT (Central Única de Trabalhadores) no Acre com Chico Mendes.
Em 1985, se filiou ao PT e, três anos depois, foi a vereadora mais votada em Rio Branco. Em 1990 foi a deputada estadual mais votada. Em 1994, aos 36 anos, chegou a Brasília como a senadora mais jovem da história da República e a mais votada entre os candidatos do Acre, com 42,77% dos votos válidos.
Quando já era senadora, adoeceu gravemente. Pensando que iria morrer, chegou a telefonar para um de seus amigos, a quem pediu que ajudasse a criar seus filhos. Viveu uma profunda experiência de cura e fé e se tornou membro da Assembleia de Deus. Marina casou-se duas vezes e é mãe de quatro filhos – Shalom, Danillo, Moara e Mayara.
Meio Ambiente
Reelegeu-se senadora em 2002, com votação quase três vezes superior à anterior. De janeiro de 2003 a maio de 2008, se licenciou do Senado para assumir o Ministério do Meio Ambiente, de onde saiu no dia 13 de maio de 2008, retornando à Casa.
Um dos fatores que motivaram a sua saída foi a divulgação de dados de desmatamento da Amazônia que provocaram um embate entre Marina e Lula. O presidente destinou ao ministro da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, a coordenação do PAS (Plano Amazônia Sustentável), o que desagradou Marina.
Na pasta ambiental, sua atuação foi marcada por reformas estruturais e por embates com outras esferas do governo, como o Ministério da Agricultura, comandado por Reinhold Stephanes e da Casa Civil, chefiado por Dilma Rousseff, pré-candidata petista contra quem concorrerá as eleições deste ano.
Do PT ao PV
Em agosto de 2009, Marina Silva saiu do PT, onde ficou durante quase 30 anos, e filou-se ao PV, em ato realizado em São Paulo. Ela alegou que o partido não contemplava suas prioridades política, especialmente no que se refere aos cuidados com o meio ambiente.
Atualmente, a senadora participa do trabalho de reestruturação do PV e de elaboração de um plano de governo com vistas à disputa eleitoral.
Neste mês de abril, Marina se licenciou do cargo de senadora para se dedicar à campanha presidencial. Ela deve ficar fora da Casa até o dia 17 de junho.
Prêmios
A biografia de Marina Silva fez com que ela fosse escolhida pelo jornal britânico The Guardian, em 2008, uma das 50 pessoas em condições de ajudar salvar o planeta. Ela recebeu o "2007 Champions of the Earth", o maior prêmio concedido pelas Nações Unidas na área ambiental.
Em 2008, a senadora recebeu das mãos do príncipe Philip da Inglaterra, no palácio de Saint James, em Londres, a medalha Duque de Edimburgo, em reconhecimento à sua trajetória e luta em defesa da Amazônia brasileira - o prêmio mais importante concedido pela Rede WWF.
Em junho de 2009 recebeu o prêmio Sophie, por seu trabalho em defesa do maio ambiente, oferecido pela fundação norueguesa Sophie, criada pelo escritor norueguês Jostein Gaarder, autor do best seller "O Mundo de Sofia".
Fonte: Band News / Martina Cavalcanti
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