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Política - Nacional

ELEIÇÕES 2010: Aliança maior derruba palanques próprios do PT


 
Partido deve emplacar 11 candidaturas próprias, contra 18 em 2006

 

Wanderley Preite Sobrinho, do R7

O casamento do PT com um número cada vez maior de partidos nas eleições deste ano vai custar caro para lideranças petistas de alguns Estados, que estão precisando abrir mão de suas candidaturas para privilegiar os candidatos de outras legendas da coligação. Nas eleições deste ano, o PT deve emplacar 11 candidatos próprios, contra 18 em 2006.

Com a intenção de garantir bons palanques nos Estados para sua candidata presidencial, Dilma Rousseff, o PT abraçou novos partidos e colocou de vez um ponto final na velha política de só se coligar com legendas de esquerda. PP e PMDB entraram na aliança nacional para fazer companhia ao PR, que está no jogo desde 2002, quando ainda PL emplacou o vice-presidente José Alencar. A costura ampla, agora em 2010, vem custando ao PT a cabeça de chapa em alguns Estados.

O PR deve encabeçar a candidatura no Amazonas, ao lançar Alfredo Nascimento. O PP espera abocanhar dois Estados: Pedro Paulo é o favorito para ser lançado no Amapá e Neudo Campos em Roraima.

O PMDB prepara o bote em Goiás, com Iris Resende, no Mato Grosso, com Silval Barbosa, e no Rio de Janeiro, com Sérgio Cabral.

Ao antigos aliados, o PT também fez concessões. O PDT terá Ronaldo Lessa, em Alagoas, enquanto o PCdoB deve mesmo emplacar Flávio Dino no Maranhão, apesar da pressão do PMDB - que quer apoio a Roseana Sarney - e do PDT, que deseja um palanque forte para eleger Jackson Lago. 

O PSB quer lançar candidato em três Estados, mas até agora, só Iberê Souza, no Rio Grande do Norte, e Renato Casagrande, no Espírito Santo, estão praticamente decididos. No Ceará, seu candidato Cid Gomes tem a preferência da cúpula nacional do PT, mas pode acabar ficando com o PSDB, que o corteja por meio de seu pré-candidato ao Senado, Tasso Jereissati.

No restante do Brasil, lideranças petistas de alta patente precisaram bater o pé para assumir suas candidaturas. Foi o caso de Tarso Genro, no Rio Grande do Sul, que vai disputar a eleição com o ex-prefeito de Porto Alegre, o peemedebista José Fogaça.

A aliança entre os dois partidos também é turbulenta em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Lá o peemedebista Hélio Costa disputa a cabeça de chapa com o petista Fernando Pimentel.

No Mato Grosso do Sul, o PT deve bater o martelo por Zeca do PT contra o atual governador e candidato à reeleição, André Puccinelli, que deve ceder seu palanque peemedebista ao candidato tucano à Presidência, José Serra.

Além de Zeca e Tarso Genro, o PT terá outros nove candidatos: Tião Viana, no Acre, Jaques Wagner, na Bahia, Agnelo Queiróz, no Distrito Federal, Ana Júlia, no Pará, Eduardo Valverde, em Rondônia, Marcelo Deda, em Sergipe, Aloísio Mercadante, em São Paulo, Paulo Mourão, no Tocantins, e Ideli Salvati, em Santa Catarina, que ainda pode acabar abrindo mão da candidatura em favor de Ângela Amim, do PP, que lidera as pesquisas de intenções de voto. A vaga pode ser parte da moeda de troca para que o PT garanta o apoio do PP à Dilma em nível nacional.

Esse panorama, no entanto, pode sofrer algumas alterações até o dia 30 de junho, último dia para que os partidos façam suas convenções e definam os nomes de seus candidatos.
 

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