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Gente de Opinião

Política - Nacional

Direito Digital deve ser disciplina dos cursos de jornalismo


Anderson Scardoelli
 

E quais os maiores problemas dos Direitos Digitais vinculados ao jornalismo?
A relação como o Direito Autoral é um dos maiores. Os jornalistas devem entender que na internet o Direito Autoral também está assegurado por lei. Não se pode reproduzir uma obra sem a devida autorização. Muitos profissionais – de jornalismo e outras áreas – já foram prejudicados por não compreenderem que há deveres relativos à plataforma online.

No Brasil, todas as punições que são aplicadas por algum ato considerado irregular nas internet não provêm de conjunto de leis específicas para o setor. Em sua avaliação, faltam leis específicas para o uso da internet no País?
Considero que não. Em relação ao que ocorre no âmbito digital, mais precisamente na internet, 95% dos casos julgados são atingidos por leis existentes; e os outros 5%, que não têm nenhuma regra específica, o Judiciário vem adotando uma jurisprudência que é de total acordo com a realidade.

Mas há algo que pode ser modificado?
Desses 95% que já tem relação com o Direito Digital, acredito que 30% precisam ser revisados, atualizados. Fora isso, deve-se criar uma lei específica sobre o Direito Autoral na internet e também avançar com a criação da figura do acesso e, principalmente, implantar uma lei que puna os chamados crackers.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu que não se pode fazer campanha política nas redes sociais até 5 de junho. O jornalismo perde com a restrição das redes sociais por parte dos políticos?
A decisão do TSE foi acertada. A internet vai ter que seguir o determina a lei destinada à campanha eleitoral. É importante ressaltar que o uso das mídias sociais continua válido para os pré-candidatos. Eles só não podem utilizar essas ferramentas para fazer campanha antes do período determinado pela Justiça Eleitoral. E essa restrição não atrapalha em nada o trabalho dos jornalistas, que devem continuar acompanhando os passos dos políticos, independentemente da campanha nas redes.

Veículos como o jornal O Globo, por exemplo, adotaram os manuais de redação específicos para o uso das redes sociais. O senhor concorda com essa postura das empresas de comunicação?
Vejo com muito bons olhos essa postura dos veículos de comunicação. Como em muitos casos a universidade, a parte educativa, falha em discutir os Direitos Digitais, é importante que exista esses manuais, justamente para expor aos jornalistas que as redes sociais, que estão em alta, e demais pontos da internet estão, naturalmente, sob as leis da Constituição Federal.

Fonte: Comunique-se 

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